COMUNIDADES DO SETOR SEDE
No início, as pessoas se reuniam para os momentos de oração nas casas de família, pois não havia um local apropriado para o povo se reunir e fazer suas orações e momentos de espiritualidade.
Foi quando uma moradora, a Sr.ª Teonila Schaeffer foi conversar com o pároco de Santa Teresa, Frei Estevão Corteletti, para pedir a permissão para construção de um capitel para se realizarem as orações da comunidade. O capitel foi construído pelo seu filho Moacir no terreno da família Schaeffer, no ano de 1981. Este capitel existe até hoje, permanecendo desativado.
Logo após a construção do capitel, tendo a Sr.ª Teonila ido em romaria a Aparecida do Norte (SP), trouxe uma imagem de Nossa Senhora Aparecida – Padroeira do Brasil, e a doou à Comunidade Alvorada. Em seguida realizou-se a primeira missa, celebrada por Frei José Corteletti, que abençoou a imagem de Nossa Senhora Aparecida, agora a padroeira da comunidade.
Não havendo um espaço para a construção de um centro comunitário junto ao capitel, a Sr.ª Teonila doou um terreno seu para a construção do mesmo em outro local, na Rua 1.º Centenário. Este foi o primeiro centro comunitário a ser construído na Paróquia de Santa Teresa.
Não dispondo de recursos financeiros para a construção, o pároco da época, Frei Paulino Fabris, recorreu à Adveniat (Organização dos Católicos da Alemanha que ajudam as comunidades de países em desenvolvimento). Em 1989 a verba foi enviada à comunidade para a construção do centro comunitário.
As famílias ficaram animadas com o projeto e a vinda do dinheiro. Logo, um líder, o Sr. Teodoro Bromonschenkel e seu irmão se apresentaram como voluntários para o trabalho. Isto incendiou os moradores da comunidade de tal maneira que eles mesmos se decidiram a construírem o Centro comunitário do Bairro Alvorada. Todo mundo ajudou e vimos que nossa comunidade era unida e muito forte.
Em outubro do ano de 1989 foi inaugurada a obra com uma grande festa cuja programação constou de Missa Solene, celebrada por Frei Paulino Fabris, com procissão pelas ruas do bairro e atrações sociais. Esta foi a primeira festa em nosso Centro Comunitário.
Atualmente, a comunidade está na expectativa de realizar uma reforma e ampliação do Centro Comunitário, incluindo aí o projeto de uma Igreja maior e mais adequada para melhor acolher os moradores da Comunidade do Bairro Alvorada.
Nossa Senhora em todos os momentos demonstrou o grande amor que ela possui por todos os seus filhos, principalmente quando nossa comunidade foi agraciada com Nossa Senhora das Graças, o que expôs a sua imensa vontade de conceder inúmeras graças a todos os seus fiéis.
Em 22/10/1980, um jovem de 18 anos, chamado Ramiro Reisen, morador do bairro Vila Nova, sofreu um grave acidente enquanto dirigia um caminhão na estrada entre Santa Leopoldina a Santa Teresa. Este acidente o deixou entre a vida e a morte, estava desacreditado pelos médicos e sua recuperação não era uma grande possibilidade. Dentro deste cenário, havia uma senhora chamada Maria Kunsch, que era esposa de um senhor que trabalhava para a família deste jovem, ao qual, lhe contava toda a angústia e dor. Maria, como devota de Nossa Senhora das Graças, rezou em prol da recuperação de Ramiro, fazendo uma promessa junto a família de Ramiro, seu pai França Reisen e sua mãe Santinha Reisen. Caso sua recuperação fosse alcançada, seria construída uma igreja para homenagear Nossa Senhora das Graças. Nos dias posteriores, houve o momento, inesperado por muitos, Ramiro se recupera. Hoje ele está saudável, somente com algumas sequelas do acidente, mas vivo com uma bela família.
Em gratidão e cumprimento da promessa feita a Nossa Senhora das Graças, o senhor França Reisen construiu uma pequena igrejinha localizada no bairro Vila Nova, em um de seus lotes, mais adiante cedeu mais um lote para a construção de um Centro Comunitário. Hoje contamos com uma grande e bela igreja, que está em processo de conclusão.
BREVE HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO DA COMUNIDADE SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS ( IMIGRANTE)
A comunidade iniciou-se por meado dos anos 80, com Lourdes Sclauzer com algumas turmas de catequese.
Como não havia lugar adequado, conseguiu-se o empréstimo de umas salas no prédio onde hoje é a sede da prefeitura do município, na época funcionava uma escola estadual. Ai a catequese aconteceu por alguns meses.
Com o tempo, a catequese não podia mais acontecer ai. Então o senhor Valentim Oliveira ofereceu a garagem de sua casa, por algum tempo. Ali passou a ser o local aonde a comunidade se reunia ,tinha suas missas ,catequese, etc. Mais tarde o proprietário precisou da sua garagem, então o senhor Gervasio Fabris irmão do Frei Paulinho Fabris concedeu o espaço embaixo de sua casa, aonde funcionou por alguns anos.
A medida que os anos foram passando via-se a necessidade de se ter um lugar para ser o centro.
Na época Frei Paulinho Fabris era o nosso pároco e cobrava da comunidade um lugar adequado para acontecer as atividades da mesma.
Rogelinton Rúdio ( Zéu ) era o coordenador da comunidade e adiqueriu um lote. Como ele era grande dividiu-o ao meio e vendeu a metade, com o dinheiro da venda pagou a parte que ficou para a comunidade. Com ajuda da comunidade pagando carnês por alguns anos, festinhas na comunidade, foi-se construindo o prédio com dois pavimentos, onde hoje temos nossa capela, no primeiro, e no segundo é onde acontece a catequese, o grupo do A A, reuniões, encontros com os carismáticos,etc.
No início a comunidade tinha como padroeira Nossa Senhora das Graças devido a viação de ônibus com esse nome localizada no bairro . Durante a construção do prédio a devota Teresa Sarnaglia doou uma imagem do Sagrado Coração de Jesus e juntamente com a comunidade foi realizada uma votação para se escolher quem seria o padroeiro ou a padroeira. E o Sagrado Coração de Jesus foi o mais votado e assim ficou sendo o padroeiro da comunidade.
COMUNIDADE SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS – IMIGRANTE
Essa comunidade foi criada em 1988, pelo pároco Frei Paulino Fabris.
O nome Imigrante, inicialmente “Monumento dos Imigrantes”, se deu em homenagem aos imigrantes que chegaram aqui vindos da Itália, representados pela estátua do casal fixada ao lado da Câmara Municipal e o prédio da antiga Escola Teresense que mais tarde se transformou na Prefeitura Municipal, à rua Darly Nerty Vervloet, fazendo parte assim desta comunidade; juntamente as ruas Luiz Muller, parte da Bernardino Monteiro, parte da rua Antônio Roatti e rua Paulo Bonino, onde se construiu o Centro Comunitário da Comunidade Sagrado Coração de Jesus – Imigrante assim denominada atualmente. O nome deste bairro, originalmente é Bairro do Eco.
Ao iniciar esta Comunidade, não havendo um lugar próprio para as celebrações, estas se davam em galpões ou abrigos. A catequese acontecia em uma sala do antigo Colégio Teresense, que nesta data esse prédio já pertencia à Prefeitura Municipal.
A partir de 1994 a sede da Comunidade funcionava na casa do senhor Valentim Ferreira Bispo que cedeu a parte térrea da casa. Neste local celebravam-se missas, batizados e a catequese. Já se considerava a Capela da Comunidade.
Com a saída do senhor Valentim, a Comunidade passou a fazer suas celebrações na casa do senhor Gervásio Fabris, também cedida para a Comunidade, a parte térrea. Mais tarde, o senhor João Mischiatti comprou a casa do senhor Valentim e as Celebrações passaram a ser novamente na parte térrea desta casa.
No ano de 1998 adquiriu-se o terreno para a construção do Centro Comunitário, com escritura n.º 1/5647.
O início da construção foi em maio de 1999. A parte inferior ficou pronta e a primeira Celebração foi no dia 16 de dezembro deste mesmo ano com a benção da Capela.
O padroeiro Sagrado Coração de Jesus surgiu após uma votação. Inicialmente a senhora Juliana Venturini Loss doou uma imagem de Nossa Senhora das Graças para ser a padroeira, que era da intenção da Comunidade, devido à empresa/garagem de ônibus Nossa Senhora das Graças, situada neste bairro. Mas por já haver na Sede uma comunidade com o referido nome (Nossa Senhora das Graças), Frei Honório, pároco na época, achou melhor que se colocasse outro padroeiro. Foi onde se propôs uma votação. A imagem do Sagrado Coração de Jesus foi doada pela senhora Thereza Dal’Col Sarnaglia que, no ano de 2001, a imagem foi trazida em procissão, saindo da residência da doadora, com a presença dos fiéis do bairro e do Apostolado da Oração da Matriz, onde houve a entronização da imagem do Sagrado Coração de Jesus.
Inicio da primeira celebração Eucarística no dia 04 de maio de1997
Primeira festa em homenagem à chegada da Padroeira no dia 01 de outubro de1998
Primeiro Santo Sacramento do Crisma no dia 06 de agosto de 1998
Primeira Eucaristia que aconteceu na comunidade dia 24 de agosto de1998
Chegada do Espírito Santo no dia 29 de maio de1998
Primeiro Batismo realizado na comunidade dia 26 de abril de1999
Inicio da construção da atual Igreja no dia19 de abril de 2002
Primeira Festa da Juventude nos dias 30/11 a 01/12 de 2002
Primeira Eucaristia que aconteceu na comunidade dia 24 de agosto de1998.
Chegada da Padroeira de Santa Teresa no dia 11 de outubro de 2003.
A Comunidade São Brás, nasceu com este título há 15 anos. Porém, antes de adotar São Brás como seu padroeiro, a comunidade, então conhecida pelo nome do Bairro, Dois Pinheiros, já existia a mais de 50 anos. As famílias se reuniam em casas para rezar, no oratório da casa da D. Assunta Rosa Sclauzer (in memoriam) onde aconteciam até mesmo missa. Com o passar dos anos, havia a necessidade de implantar as pastorais na comunidade, começando pela catequese. Neste tempo, os encontros aconteciam na garagem da casa de uma moradora. Não comportando mais a demanda, a comunidade precisava de mais espaço para seus encontros, foi aí que o ganhou um terreno cedido pelo Sr. José Simplicio de Oliveira (in memoriam), onde com muito esforço e dedicação, foi construído o Centro Pastoral Comunitário. O prédio possui dois andares, na parte superior são realizados os encontros das pastorais, reuniões do Conselho Comunitário e até mesmo velórios. Na parte inferior está situada a Capela de São Brás, onde são realizadas as missas e celebrações em geral. A comunidade possui, atualmente, 370 famílias. Todos os domingos é realizada a celebração da Palavra as 9 horas e uma vez por mês a Celebração Eucarística. A Festa do padroeiro acontece no dia 03 de fevereiro, com novena, missa, benção da garganta e almoço comunitário, momento em que a comunidade se une a outras, para juntas prestarem louvor a Deus e que pela intercessão de São Brás, possamos continuar na missão de evangelizar.
Nome do Padroeiro da comunidade: São Francisco de Assis
Festa: 04/10
Endereço: Rua Coronel Bonfim Júnior, 37 – Centro – Santa Teresa – ES – CEP: 29650-000.
Breve histórico:
Em 1888, chegada dos primeiros frades capuchinhos em Santa Teresa.
Em 1889 tomam posse Frei Eugênio e Frei Caetano de Comiso e o irmão leigo Frei Luiz de Mazzarino.
No dia 01/06/1902, foi lançada a primeira pedra fundamental da igreja atual. Em 15/10/1917 foi feita a grande festa da Padroeira Santa Teresa, com tríduo e quermesses, em benefício das obras da Matriz, que só foram concluídas em 1925. Sofreu a primeira reforma em 1933. E a segunda reforma foi feita de 1986 a 1990.
De julho a setembro de 1922 houve uma grande missão evangelizadora da paróquia.
Em 1935 foi inaugurado o Seminário Seráfico São Francisco de Assis.
O primeiro sacerdote teresense foi ordenado em 1942: Frei Vital André Ronconi.
Em 1949 foram ordenados Frei Cesar Broetto e Frei Estevão Corteletti.
Em 1955 foram ordenados os freis teresenses Frei Antônio Zuchetto e Frei Anselmo Corteletti. Em 1964 mais um teresense ordenado Frei Sérgio Martins.
Em 1977 Frei Geraldo Monteiro é ordenado sacerdote.
Antes da vinda do Frei Paulino Fabris existiam as comunidades desvinculadas da Matriz, onde os freis visitavam esporadicamente, mais precisamente nas festas dos padroeiros, e nas realizações dos sacramentos do Batismo, primeira comunhão e casamentos. Mas apesar disso as comunidades evangelizavam utilizando mais precisamente a Catequese na preparação para a primeira eucaristia, a Cruzada Eucarística, os Grupos de Jovens, o Movimento das Filhas de Maria e o Apostolado da Oração. As folias de reis arrecadavam doações para suas capelas. E havia um responsável que coordenava todos os trabalhos, que era simbolicamente chamado de sacristão. O dízimo era um cartão que a pessoa possuía. Fazia sua doação e era marcado um X no mês e não era estipulado o valor e havia um responsável em recolher a doação e o dizimista não levava para as missas e o cartão ficava com ele. Depois o dízimo começou a ser uma doação mediante um carnê, sem estipulação de valor.
Foi na década de 80, no ano de 1984, na gestão do frei capuchinho Paulino Fabris, hoje padre, que se iniciaram os trabalhos de formação de lideranças, e a criação das comunidades eclesiais de base (CEBs). Para organização das comunidades eclesiais de base, foram ministrados cursos de formação na Escola Santa Catarina, onde se descobriram muitas lideranças e agentes de pastorais. Como o dízimo não conseguia custear os cursos de formação, a comunidade juntamente com o pároco Frei Paulino montava barracas nas festas do município, realizava quermesses, e nas festas das comunidades para arrecadação de fundos.
No ano de 1990, a paróquia passou a pertencer à Diocese de Colatina; antes todos os nossos trabalhos eram direcionados pela Arquidiocese de Vitória. Nosso primeiro bispo diocesano foi Dom Geraldo Lyrio Rocha.
Em fevereiro de 1993 toma posse Frei Honório José de Siqueira, hoje Deputado Estadual e Frei Jorge Veiga Ulberg. Em outubro de 1993, houve a Primeira Investidura dos MECEs, durante a Festa da Padroeira e os fundos arrecadados nesta festa teve como objetivo a compra do terreno para a construção do Centro Comunitário Paroquial. A realização deste era um anseio das comunidades, um chamado da Igreja hoje a evangelizar, renovar e abrir espaço para formação religiosa-social e maior participação dos leigos.
Em 1996, houve a Grande Jornada Franciscana com a presença dos Capuchinhos Italianos, comemorando os 100 da presença Capuchinha no Brasil.
Em 09/03/1997, houve a Instituição das testemunhas qualificadas do Matrimônio e Ministros do Batismo. Em 26/10/1997, ocorreu o DNJ (Dia Nacional da Juventude), em nossa paróquia.
E foi no ano de 2014, que após vários anos, sem termos padroeiro, pois estávamos vinculados à Matriz, após votação foi escolhido como padroeiro da Comunidade Centro-Matriz, São Francisco de Assis, onde celebramos sua festa no dia 04/10.
A Comunidade São Francisco de Assis possui representantes nas seguintes pastorais, movimentos e equipes de serviço:
Pastoral do Batismo, com 04 agentes de pastoral preparando pais e padrinhos com reuniões quinzenais e visitas às famílias.
Dízimo com 07 agentes que fazem a entrega dos envelopes e visitas às mesmas. Estes envelopes são levados nas celebrações da comunidade e colocados no altar em momento específico como agradecimento, após a comunhão.
Catequese tem 01animador que coordena todos os trabalhos junto aos catequistas, tanto formação como orientação.
Liturgia/Canto, com 05 agentes que se reúnem para formação, estudos e para preparação das celebrações.
MECEs; hoje a comunidade possui 04 pessoas instituídas que dão assistência aos doentes, idosos em suas residências e atuam nas celebrações.
Pastoral dos Coroinhas; são crianças e adolescentes coordenados por 12 agentes de pastoral ao nível de Setor Sede.
ECC; EJC; EAC; são movimentos cujo trabalho estão direcionados às famílias.
Grupo de Oração (Renovação Carismática); se reúnem às quartas-feiras na Matriz para oração.
Círculos Bíblicos; reúnem-se semanalmente para estudos bíblicos.
Mãe Rainha; é um movimento vinculado ao santuário de Atibaia /SP. Com 01 coordenador paroquial e 01 missionário responsável por cada grupo. São 20 grupos de 30 famílias cada um, onde cada família leva a imagem da Mãe Rainha para a casa vizinha, com oração específica e cada grupo de 30 famílias se reúne todo dia 18 do mês para oração comunitária.
Pastoral da Sobriedade, a comunidade possui 01 agente nesta pastoral que juntamente com outros representantes de outras comunidades e entidades, se reúnem semanalmente às quartas-feiras.
Pastoral da Saúde. Reúnem-se mensalmente para oração e visitas aos doentes do Hospital.
Pastoral da Criança: está sendo reestruturada, mas possui um agente de pastoral da nossa comunidade.
Apostolado da Oração. São senhoras e voluntários que se responsabilizam pelas missas da primeira sexta-feira do mês.
A comunidade hoje possui uma equipe de animação composta por 03 agentes de pastoral que coordenam todos os trabalhos comunitários, juntamente com o conselho formado por 16 agentes de pastorais, que tem como meta principal fortalecimento das pastorais, visando acolher as famílias que deixaram de participar da comunidade; e reestruturação do dízimo com o resgate das famílias que deixaram de contribuir.
Por volta do ano de 1930 chegaram neste pedaço de chão, mais tarde chamado valão de São Lourenço 12 famílias que vieram da Itália: Tomazelli, Salviato, Bortolini, Martinelli, Angeli, Basseti, Echer, Dalprá, Biasutti, Zamprogno, Meer e Lambert. Essas corajosas famílias encontraram aqui matas, animais ferozes e com trabalho duro e penoso, lágrima e sofrimento, fé e muita esperança construíram suas simples casas, iniciando assim uma nova história de suas vidas.
Como pessoas católicas, tementes a Deus, se reuniam em suas casas para todas as tardes rezar. Agradecer e suplicar a Deus força, animo e proteção na árdua luta. Com o passar dos tempos brotou no coração de Modesto e Augusto Salviatto o desejo de construir uma capela onde pudessem realizar mais fervorosamente suas orações, reza do terço, etc.
No ano de 1935 construíram uma pequena capela no terreno doado por Festivo Bortolini, tijolos doados por Luigge Tomazelli, feitos com uma terra chamada batinga no seu próprio terreno. Os demais materiais foram doados pelos moradores. Mariota Salviato com 90 anos, relembra com alegria e emoção que ajudou na construção da singela capelinha carregando tijolos. E assim com a colaboração de todos foi concluída a capela chamada carinhosamente de igrejinha, mais tarde igrejinha de São Lourenço.
POR QUE SÃO LOURENÇO?
Antes de viajar para o Brasil, muito preocupados e aflitos foram a uma igreja dedicada a São Lourenço em Genova, na Itália, pedir proteção para a viagem e para encontrar algo de bom aqui, para recomeçar a vida.
Em agradecimento, dedicaram a capelinha ao bondoso São Lourenço, onde todos os domingos se reuniam para fazer suas orações. Décimo Martinelli, Antonio Bortolini e Augusto Salviatto eram os rezadores da época,
A imagem de São Lourenço foi adquirida pelos moradores e trazida provavelmente do Rio de Janeiro pelos frades capuchinhos.
No dia 10 de agosto de 1937 foi celebrada a 1ª missa por Frei Dionizio Manterosso, inaugurando e abençoando a tão querida igrejinha.
Outras famílias foram chegando e aumentando o número de moradores que aos poucos foram povoando o então chamado valão de São Lourenço. E as missas celebradas no pátio da igrejinha.
Em 1988 a velha igrejinha, já desgastada pelo tempo, foi demolida dando lugar a atual capela construída por João Romanha, Cecília Salviato, José Thomazini, Zezinho Salviatto, Alcides Mischiatti, Adelino Bortolini, José Aliprandi, Fidelis Loss, Frederico Romanha, Família Martinelli e outros.
Em 10 de agosto de 1989 foi abençoada por Frei Paulino Fabris (pároco) celebrando aí a Eucaristia. Até então seu Décimo Martinelli conduzia os momentos de oração, festas, era um líder religioso, conselheiro, animador, visitava os doentes, levava comunhão.
A partir dessa época surgia as comunidades Eclesiais de Base, as pastorais e Antonio Luiz Aliprandi (Zinho) foi o 1º coordenador da Comunidade de São Lourenço.
Em setembro de 1993 deu-se inicio a construção do Centro Comunitário, sendo celebrada a 1ª missa por Frei Luiz de Petrópolis no dia 20 de julho de 1994.
No dia 14 de setembro de 1994 a nossa comunidade foi visitada por Dom Geraldo Lírio Rocha, Bispo da Diocese de Colatina a qual pertencemos. O centro comunitário foi concluído em 1997, sendo abençoado por Frei Honório (pároco).
É nesse lugar que se realiza retiros, missas, encontros de formação, catequese, encontro de batismo, crisma, reunião do conselho, velórios. Foi cedida uma sala para as reuniões da Associação de Alcoólicos Anônimos, AA.
O Terreno onde fica o centro comunitário foi doado pelo saudoso Leonildo João Batísta Dalmaschio (Nildo). Também neste período foi aumentado o lote da capela doado por Claumir Dalmaschio.
Em junho de 1994 a dezembro de 1995, Moises Martinelli, assume a coordenação.
Janeiro de 1996 a dezembro de 1997, Vilma Lucia de Souza Romanha, coordena a comunidade.
Em 1998 a 2000, João Romanha e Eduardo Demuner, assume a coordenação.
Em 2001 a 2002, Líbera Casagrande é a nova coordenadora. Neste período a capela foi ampliada para fazer a capela do santíssimo Sacramento. No dia 06 de novembro de 2001, após a missa, Frei Jorge Noia abençoou a capela e o Sacrário e Jesus Sacramentado veio ficar conosco.
Em 2002, Adilson Luchi assume a coordenação e constrói a cozinha, reveste de gesso o centro comunitário tornando-o bem mais belo.
Em 2005, Antonio Luiz Aliprandi (Zinho) volta à coordenação até março de 2010 e reforma totalmente a cozinha e constroi sobre a mesma, ampliando mais salas. Conseguiu também o terreno da frente da quadra, que a prefeitura na pessoa do senhor prefeito, Gilson Amaro, comprou e doou para a comunidade.
Em março de 2010, passou a coordenação para Romão Biasutti, que juntamente com o conselho da comunidade organizou a festa dos 75 anos de existência da comunidade com muito empenho e dedicação.
Tudo que foi construído na comunidade foi com doação dos generosos moradores e em mutirão, e também a prefeitura que sempre colaborou e colabora.
A comunidade sempre contou com a presença, o carinho, a dedicação e a evangelização dos padres capuchinhos.
No dia 10/08/2015, iremos festejar os 80 anos de capela, de comunidade e queremos agradecer a Deus por pessoas tão dedicadas. E de um modo especial os primeiros moradores italianos que com fé, bravura, coragem, confiança, amor a Deus fizeram desse lugar uma comunidade católica, cristã que busca viver na mesma fé, na união e na concórdia.
Parabéns aos italianos corajosos!
Parabéns Comunidade de São Lourenço!
1935-2015
Obs.: Informações dadas por: Mariota Salviatto, Clementina Martinelli, João Romanha, Cecília Salviato.
Realizado por: Vilma Lucia de Souza Romanha.
“TODOS QUE POR AQUI PASSARAM DEIXARAM UM POUCO DE SI, MARCAS PARA SEMPRE LEMBRADAS, POIS O TEMPO NÃO CONSEGUIRÁ APAGAR.”
Vilma Lucia de Souza Romanha.
COMUNIDADES DO SETOR I
Ao mês 11 do ano de 1875, saíram da região de Trentino no estado de Alto Adige na província de Trento, distrito de Varla Di Giovo, pelo empreendimento dos próspero fazendeiros Tabacchi com o comando do empresário Pedro Tabacchi.
Saíram de Havre no navio Fenelon uns grupos de imigrantes italianos partiram para uma nova pátria afim de uma vida melhor. Havia uma grande propaganda de que no Brasil teriam garantia de vida melhore oferta de terras férteis. Com essa visão se aventuraram. O grupo chegou ao porto de vitória no dia 27/ 12/ 1875, onde em canoas seguiram pelo Rio Santa Maria da Vitória até Santa Leopoldina onde dormiram em barracões. No dia seguinte subiram picadas a pé rumo a Santa Teresa. Foram alojados em barracões próximos a então igreja Matriz, onde na época, neste local havia um gigantesco pau peba usados pelos imigrantes para orações das 6 horas da tarde , frente do quadro de Santa Teresa. Conta a história que quem trouxe a imagem foi uma senhora da família Tonini devota de Santa Teresa.
Não satisfeitos com as condições que se encontravam, o referido grupo resolveu embrenhar-se nas matas teresenses em direção ao povoado da Penha , descendo por Santa Lucia, Rio Saltinho e subindo as montanhas de Goiapaboaçu nos anos de 1889 a 1900.As primeiras famílias que aqui chegaram foram: Pomarolli, Tomé, Dinis, Guerim, Carreta, Santini, Gottardi, Pegoretti, Dalmazio, Casotto, Monfardini, Biazi, Palauro e Corte.
Inicialmente eles acampavam em barracões feitos de madeira e cobertos por palhas de coco. Em virtude de existirem muitos animais ferozes no local foram realizados reforços. Depois de alguns dias cada família foi se instalando em diferentes lugares estabelecendo seus limites. Os imigrantes passaram por muitas dificuldades , as madeiras para a construção eram cerradas por cerras manuais e facões. A roupa era lavadas nos rios. Os alimentos eram preparados em em caldeirões , pendurados por correntes sobre uma fogueira. Dificilmente usavam calçados nos pés. Os vestidos eram longos e com mangas longas e o tecido ra denominados de mescla. Os homens também utilizavam a mescla para calça e camisa que na maioria das vezes eram costurados pelas próprias esposas em maquinas manuais. A agua era carregada em baldes grandes de ferro fundido. A comida mais usada era : o queijo, a polenta, o macarrão fabricado por eles mesmos e as carnes que eram de caça. Como era um povo humilde trocavam os produtos que produziam por mercadorias raras para eles como: sal, trigo, querosene. Essa troca de produtos era feita em Cachoeiro de Santa Leopoldina, os mesmos tinham que caminhar cerca de dois dias entre ida e volta, que era feita dentro da mata fechada, através de uma picada. O restante dos alimentos era produzido por eles mesmos, como: o melado de cana, o açúcar mascavo, o milho que era moído no moinho de pedra movido a água, o sabão caseiro, a cachaça, sua principal bebida era produzida artesanalmente, já o vinho era comprado na forma de troca.
A saúde era cuidada com remédios caseiros , chás, e benzimentos. Casos mais graves acabavam em óbitos. O nascimento dos primeiros filhos de imigrantes que nasceram no Goiapaboaçu era feito por parteira que não temos o registro. A mais procurada chamava-se Bernardina Maria Rígio Pomarolli. Que realizava partos nas mediações do Goiapaboaçu. Somente depois de 30 anos que chegou o Dr. César Augustini, médico que todos os moradores de Goiapaboaçu procuravam.
Um dos primeiros padres que aqui celebraram foi o Padre José Vasconcelos na ano de 1887, depois , Padre Marcelino Maroni, Remigio pessotti, entre outros. Só depois de muitos anos procuraram organizar os documentos em cartório. Já instalados e muitos religiosos o grupo organizou o primeiro oratório , feito de estuque , com assoalhos e coberturas de madeira, localizado onde hoje está o cemitério.
Depois de algum tempo iniciaram a construção da igreja de Goiapaboaçu, no terreno doado por Isidóro Jerônimo Gotarde. O santuário foi construído em mutirão. Encontraram muitas dificuldades por que estavam organizando sua terras e suas casas. O material utilizado na construção da igreja de Goiapaboaçu era principalmente barro e pedra. Em 1908 terminaram a construção. A torre , O altar e o piso eram de madeira. Com o passar dos anos a igreja sofreu várias reformas . A imagem do Sagrado Coração de Maria foi comprada em forma de doações dos próprios moradores.
Por volta de 1910, chegou a comunidade o Sr Alessandro Broetto, vindo da Itália que em 1928 fundou a primeira escola em seu próprio terreno, denominada Escola Singular de Goiapaboaçu. Tendo sido construída com recursos próprios do Sr Alessandro Broetto, era feita de estuque, o assoalho era de madeira, coberto por zinco.
O Sr. Alessandro Broetto tinha varias funções na comunidade. Por ler muito tinha muitas informações. Aos domingos era ele que rezava. Cantava nas missas, que inicialmente eram em latim. Era Juiz Distrital, socorria doentes…enfim procurava ajudar a todos. Outros povos que foram e continuam sendo importante para o desenvolvimento da comunidade : os filhos e netos da família Broetto, Tomé, Pomarolli, Sarnaglia, e da família Blanck.
a primeira forma de energia que sérvio a comunidade a partir do ano de 1964, era gerada através de turbina aproveitando as aguas do rio local que era chamado de rio Purgatório. Somente em 1985 é que chegou energia alétrica.
A estrada para a circulação de carros de rio Saltinho a Goiapaboaçu com 5 km foi construída em 1973 com o trator do Sr. Américo Modenesi. Quem finalizou a construção foi o Sr. Alcebiades Sarnaglia e Reinalda Tomé. Através do Banco do Brasil. O dinheiro da época era o Cruzeiro. A estrada de três Barras a Goiapaboaçu com 5 km foi construída em 1976 com incentivo do Sr. Paulino Domingos Pomarolli, que pagou com 300 metros cúbicos de madeira de sua propriedade.
Hoje o Goiapaboaçu é uma comunidade próspera, formada por pequenos produtores que vivem do cultivo do café, eucalipto. Banana, cana-de- açúcar, milho, feijão, entre outros. Em suas maioria possuem automóveis, antenas parabólicas, internet e telefone. Podemos dizer que hoje nossa comunidade enfrenta menos dificuldades do que na época da imigração.
A comunidade de Goiapaboaçu esta localizada dentro da APA ( área de Proteção Ambiental).
A igreja de Nossa Senhora Aparecida, foi fundada no ano de 1973, ajudaram para a construção 17 famílias. Foram elas: Guilherme Schiffler, Bernardo schiffler, Florêncio schiffler, Rainaldo Barth, Frederico Schiffler, Lídia Schiffler, Frederico Rossi, José Schiffler, Raimundo Jastro, Oswaldo Ribeiro, Leopoldo schaefer, Francisco Pilger, Martim Jastro, Luis Bringuente, Luis Bausen, Pedronildo de Paula, e na época coordenador Getúlio de Paula.
Foi construída a primeira capela com a ajuda de todos em mutirão, era bem pequena. Depois de alguns anos a comunidade foi crescendo e precisou-se ampliar a igreja no ano de 1980. Não suportando o crescimento elevado dos participantes, mais uma vez, teve de aumentar a casa do senhor, que teve início no ano de 1989, e término no ano de 1993.
E assim está a comunidade hoje, com aproximadamente 150 famílias, participando e sempre trabalhando para que a igreja cresça cada vez mais, com o empenho de todos que a integram, e também com as bênçãos de Maria.
No livro de Tombo, v.2, folha 113 consta citando a data de 14 de abril de 1958: “ em comemoração ao IV Centenário de Nossa Senhora da Penha de Vitória, houve uma grande festa na capela da Penha perto de Santa Teresa (…) no final da procissão falou o Rvmo. Pe. Frei Carlos de Santa Teresa, homenageando aos funcionários do nosso mais antigo templo, dedicado à Padroeira de nosso Estado”.
No livro de Tombo, v.1, folha 26, verso, consta a visita Pastoral do Bispo do Espírito Santo, Dom Fernando de Souza Monteiro em 20 de maio de 1905. “… em companhia de Rvmo. Vigário, do nosso Secretário particular e de diversos Senhores, que nos fizeram amável companhia até o lugar denominado ‘Santa Rosa’, a 6 quilômetros de Sta. Thereza, e cuja Capella consagrada a N. Sª. Da Penha, de passagem devíamos visitar”.
A imagem de Nossa Senhora da Penha, esculpida em madeira pelos irmãos Antônio e Virgilio Lambert, a pedido do fabriqueiro Antônio Zucolotto. A “encomenda” foi entregue em 25 de março de 1888.
No Livro tombo, v. 1, folha 6, verso, consta Provisão em 08/07/1899 (para a Capela á atual). No mesmo volume folha 26, frente, temos Dom Fernando de Souza Monteiro, Bispo da Diocese do espirito santo, visitou a Capela em 18/05/1905, acompanhado por Missionários, pelo Vigário de Santa Teresa (frei Eugênio de Comiso) e de um “grande número de distinctos cavalheiros (…) seguimos para a Capella de Sta. Lucia, á três léguas de S. Thereza.
Construida em 1930 (data gravada em sua fachada e informações de pessoas da comunidade), esta Capela pode acomodar cerca de 45 pessoas sentadas.
Por ocasião da visita, contava com dezesseis imagens. Na construção, participaram famílias da localidade, dentre as quais: Zanoni, Tótola, Croce, Cerchi, Medani, Ramos e Peroni.
Do Livro do Tombo, v.1, folha 40, frente, temos a Provisão da Capela de S. Francisco, em Nova Lombardia, em 01/02/1913. Na folha 40, verso, consta o certificado de visita, acontecida em maio de 1913, tendo dito o Vigário: “A Capella é nova…”
No Tombo, v.2, folha 4, frente consta que a Capela foi “reedificada” e inaugurada pelo frei Miguelangelo em 17/09/1930.
Do caderno do frei Affonso de Maria, que visitou essa capela em 4 de maio de 1941, obtivemos as seguintes informações:
“Igreja – comprida m. 6+4 – larga m. 6; soalho de cemento, paredes de tijolos cosidos, coberto de zingo
- Altar de tijolos e cemento.
- Imagens – três; S. Francisco de Assis, S. Coração de Jesus, N. Senhora.
- Bancos tem uns seis ou oito.
- Paramentos, só branco e preto, roxo, vermelho.
- Sino um
- Canônica tem sem cosinha
- Cemitério – sim
- Sociedade, a mesma do cemitério. N21- taxa Dez quartas de café por ano.
Continuando as anotações de frei Affonso de Maria:
“notas: 1ª Igreja era de madeira, e foi inaugurada em 1913. Distava uns 30 metros da atual.
2ª igreja atual inaugurada em 1940”
Existe portanto uma diferença de 10 anos entre as informações obtidas das duas fontes, como data de construção 1930 e da inauguração 1940.
Conforme informações de moradores vizinhos, esta Capela deve ter sido construída por volta de 1989. Foi edificada pela comunidade local.
A Comunidade de Alto Santo Antônio, localizada há 08 km da sede, foi fundada no final da década de 50 por moradores da região e tem como Padroeiro São Sebastião. A igreja foi construída em área doada por Leone Magesvski, (hoje atual proprietário seu filho Júlio Magevski).
Pessoas que construíram a igreja:
Otto Müller
João Coutinho
João Nicolini
Abílio Fadini
Família Croce
Família Mantovani
Jair Calmon
Luciano Lírio dos Santos.
No momento a igreja passa por reformas, e conta com ajuda de vários membros da Comunidade que se empenham em manter as tradições.
Alto Santo Antônio – Santa Teresa, 15 de março de 2015.
COMUNIDADES DO SETOR II
Dom Pedro I conhecia as dificuldades econômicas, politicas e sociais que a itália estava passando, bem como sabia que os italianos da área rural eram bons trabalhadores. Dom Pedro I fez contatos com o rei da Itália, rei Victório e ofereceu 30 hectares de terra para cada família que viesse trabalhar no Brasil.
assim, iniciou a vinda dos italianos para o Brasil, sendo que no dia 23 de dezembro de 1976, embarcaram no navio Isabella, pelo porto de Gênova – Itália, os patriarcas da comunidade Milanezi, Pietro Milanezi e Bertolo Milanezi, com as respectivas esposas, chegando ao porto de Vitória (ES), em 28 de janeiro de 1877.
Juntamente com nossos patriarcas, vieram outras famílias, em torno de oitenta. Entre elas citamos as famílias Pessi, Peroni e Forza. A viagem foi longa e durou cerca de 35 dias. Muitos italianos ficaram doentes, alguns morreram e depois de mortos eram lançados ao mar.
Chegando no porto de Vitória, foram encaminhados para a atual cidade de Santa Leopoldina, utilizando-se de um barco para o deslocamento, uma vez que o rio que atravessava a cidade de Santa Leopoldina era navegável.
Juntamente com os outros imigrantes, abriram picadas pela mata até a atual vila de São João de Petrópolis e constriram ali um grande barracão de folhas de palmeiras para se abrigarem até o recebimento das terras prometidas. dai o atual nome de Barracão. Isto aconteceu por volta do ano de 1880.
Depois de divididas as terras, o governo doou mantimentos para cada família durante um período de 06 meses. doou também sementes, ferramentas e materiais de trabalho. Quando tinham que comprar alguma coisa iam a pé até a cidade de santa Leopoldina. Mais tarde, chegou o comércio em Santa Teresa.
Nos primeiros anos, tudo era muito difícil. Na área de saúde, basicamente não existia nenhum recurso. Não existiam médicos na região e as pessoas recorriam a chás caseiros e farmacêuticos. Uma grande causa das mortes eram picadas de cobras venenosas. às vezes as pessoas iam a Santa Teresa e muitos morriam no caminho.
Na área da educação, a maioria das pessoas não sabia ler nem escrever. As famílias falavam muito o italiano, sendo que a senhora Antonia Riboni Milanezi, chegou a ensinar e escrever em italiano. Posteriormente, chegou à comunidade um determinado senhor chamado Quirino, que ensinava nas casas, a ler e escrever em português.
No lazer, basicamente, a única diversão era dançar forró e danças de roda.
nessa ocasião a comunidade era chamada de Santa Maria de Santa Teresa devido ao rio que corta a comunidade.
As famílias italianas eram muito religiosas, com um forte enfoque devocional aos Santos, Nossa Senhora e reza diária do terço em família. Aos domingos, era rezado o terço e a única capela que existia era a da vila barracão.
A distância e outros fatores dificultavam a ida até a capela de barracão. No início de 1933, Dona Antônia, esposa de Francisco Milanezi e outras senhoras, sentiram a necessidade de uma igreja na própria comunidade. A construção iniciou mediante a contratação do pedreiro Pedro Milanezi e seu ajudante Vitório Milanezi, ambos irmãos e netos de Pietro. No mês de dezembro de 1933, a obra da pequena capela foi concluída. Como dona Antônia era devota de Nossa Senhora Auxiliadora, escolheu-a como padroeira.
Logo se iniciou a catequese das crianças. O primeiro catequista foi o senhor João Milanezi Sobrinho, vindo depois Isidoro Cosme e Vitório Milanezi, além de outros. Naquela época, a catequese era basicamente o ensino das orações.
O senhor Vitório Milanezi era o coroinha que ajudava a Missa em Latim. Enquanto o Padre rezava a Missa, os participantes rezavam o terço. os padres eram todos italianos e dentre eles destacamos: Frei Dionízio Monterroso, Frei Manoel de Mazzarino, frei Rafael de Maria de Minéio e Frei Apolinário Maria de Sortino.
Em 1995, as famílias da comunidade se reuniram para construir uma nova Igreja e também seu cemitério. O senhor João Milanezi, conhecido como Joanin, doou o terreno da Igreja e do cemitério. E o Senhor Vitório Milanezi doou o terreno da canônica, que servia para hospedagem dos padres e para as reuniões. os demais membros da comunidade ajudaram com doações de tijolos, mão-de-obra, leilões, doações de sacas de café e outros.
No dia 08 de junho de 1958 foi feita uma grande festa de inauguração da atual igreja.
Segundo informações de pessoas mais idosas, as primeiras famílias que chegaram a essa comunidade por volta de 1880 foram: Ferrari, Pazolini e Redighieri. Como chegaram no dia 15 de agosto, o lugar passou a ser chamado Rio 15 de Agosto e a padroeira da futura comunidade seria Nossa Senhora da Glória cuja festa celebra-se neste dia.
A primeira igreja foi construída por dois italianos chamados Joanin Socorro e Olívio, bem no alto do morro, próximo ao atual cemitério, em terreno doado pelo Senhor Guerino Ferrari. A provisão para o funcionamento dessa capela “15 de Agosto” consta no ano de 1937.
Nesta época, os padres vinham á comunidade uma vez por ano, só na festa da padroeira. eles vinham a cavalo e ficavam por dois ou três dias na comunidade; nesse período faziam os casamentos, batizados, celebravam a Missa e davam a atendimento ao povo.
Em 1972 foi constrida uma segunda capela no local onde está a atual igreja. O terreno para a construção foi doado pelo Senhor Américo Ferari. No dia 15 de Agosto de 1972, a capela foi inaugurada com uma Missa presidida pelo padre Tarcísio de Calimam que era o pároco na ocasião.
Com o passar do tempo, essa capela precisava de uma boa reforma e também tinha se tornado muito pequena para abrigar a comunidade. Foi então que a mesma seria demolida e em seu lugar seria construída uma igreja maior e também salas para a catequese. o padre Ilauzir Vieira da Rocha contratou a arquiteta Kátia Pezzim para que elaborasse o projeto. E assim foi feito. O projeto ficou pronto em dezembro de 2007, porém ficou guardado por 3 anos, pois a comunidade tinha medo de não conseguir realiza-lo a contento.
Com a chegada do Padre Marcelo Luiz Basoni, esse projeto foi retomado. Após várias reuniões com a comunidade, em março de 2010 a pequena capela foi demolida e em 18 de janeiro de 2011 deu-se início à construção da nova igreja.
No dia 25 de agosto de 2013, aconteceu a Solene Celebração Eucaristiaca de Consagração da Nova Igreja, presidida pelo Bispo Domk Décio Sossai Zandonade e concelebrada pelos padres Marcelo Luiz Basoni e Adriano Marcos Luchi
A primeira Igreja construída na localidade chamada Julião, Município de Santa Teresa, estava localizada na fazenda da família Rodrigues. Era uma igreja feita de tijolos, fundada pela família Cirilo e tinha como padroeira Nossa Senhora do perpétuo Socorro. Ainda hoje se encontram algumas ruínas dessa Igreja no terreno da senhora Florinda Schaiffer, bem como o antigo cemitério da comunidade.
Por vários motivos, as famílias Cirilo e Zanoni começaram a se desentender. Com isso, a família Zanoni resolveu construir outra Igreja que recebeu como padroeira Nossa Senhora do Bom Parto. Era uma Igreja mais simples, feita de madeira e mesmo assim atraía muita gente para as celebrações. Isso aconteceu por volta de 1930.
Com o passar do tempo, o número de devotos a Nossa Senhora do Bom Parto foi aumentando e com isso a Igreja Nossa Senhora do perpétuo Socorro acabou fechando. Alguns anos depois ela começou a cair. Vendo o que acontecera, a comunidade se manifestou e decidiu trazer a Imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro para a Igreja de Nossa Senhora do Bom Parto, que ficou sendo a padroeira da comunidade.
Em visita a essa igreja, Frei Apolinário Maria de Sortino solicitou que a mesma fosse registrada em cartório em nome da Mitra Arquidiocesana. Na época, a igreja não tinha recurso para fazer esse registro. A senhora Zilda Vieira Nepomuceno solicitou ao senhor Dorval Broseghini, que na época conduzia uma folia de reis, que fosse feita uma arrecadação em prol do registro da igreja. e assim foi feito. No dia 23 de maio de 1959, a igreja foi registrada no cartório de imóveis Enrique da Silva Rosa Bonfim, sendo o terreno doado por José Dalmaschio e Paulina Nascimento.
Em 1964, a pequena igreja Nossa Senhora do Bom Parto foi totalmente reconstruída, retirando-se as paredes de estuque e tábua para fazer de tijolos. Para um reaproveitamento dos materiais, a igreja Nossa Senhora do perpétuo Socorro foi totalmente demolida e seus tijolos foram utilizados na construção da atual igreja. Os pedreiros que atuaram na obra foram Eugênio Marinotte e Tomom Pasolini.
Em 1986, a igreja passou por outra grande reforma liderada pelo senhor Idauri Pasolini, chegando ao que temos nos dias atuais.
A família Casotti, de origem italiana, foi a primeira a habitar a localidade conhecida como Ribeirão Alegre. Chegando ali começaram a derrubar a mata e fazer suas plantações. na época, as dificuldades eram muitas, como doenças graves e muita pobreza.
Na localidade não existia igreja e nem cemitério. Como eram muito católicos, rezavam o terço todas as tardes em suas casas.
No ano de 1934, com a morte de Dona Catarina, seu filho Dionisio Casotti juntamente com os irmãos e vizinhos, resolveram construir uma capela e, em homenagem a sua mãe, mandou vir de São Paulo a imagem de Santa Catarina, que ficou sendo a padroeira da comunidade. Nessa época, já havia chegado mais famílias e este lugar foi ficando muito animado. Aos domingos se reuniam na capela para rezar o terço e a ladainha. Quando o padre vinha celebrar a Missa, uma pessoa da comunidade ia busca-lo a cavalo e ele se hospedava em uma casa de família por três dias. Um dos primeiros padres a celebrar Missa na comunidade foi o Frei Jorge Maria de Módica. Com o aumento das famílias, foi construída uma igreja maior pelo senhor Alécio Cornaqueine. Perto dessa igreja foi feito também o cemitério que existe até hoje.
Um dos primeiros catequistas dessa comunidade foi o senhor Genézio Escalci. Era um homem muito religioso e respeitado por todos.
No ano de 1985, as pessoas dessa comunidade acharam que a igreja estava muito velha e em péssimas condições. Nesse loca, não tinha energia nem água e nenhum morador por perto. Decidiu-se então fazer uma nova igreja, mais perto das casas das famílias. O senhor José Carlos Fieni doou o terreno para a construção da nova igreja que foi inaugurada no ano de 1988 por Frei Antônio Alves da Silva, tendo como construtor o senhor Siomar Fieni.
A comunidade 25 de julho foi assim denominada por terem seus primeiros habitantes ali chegado no dia 25 de julho de 1877. Eram provenientes da Suíça e da Alemanha. Posteriormente, foram chegando os italianos, holandeses e austríacos e de outras nacionalidades. Esta localidade era uma das mais ricas e populosas do município de Santa Teresa. A principio foi chamada Colônia Alemã.
A maioria dos primeiros habitantes era católica. Dessa forma, várias igrejas foram construídas na região. A primeira capela que atendeu a comunidade 25 de julho foi a São João Batista, em terras dos Coffler, com provisão para funcionamento em 1899.
No ano de 1892 foi fundada a primeira Capela dedicada a São Miguel Arcanjo, no terreno da Senhora Ana Casotti.
A vinda da imagem do padroeiro foi bastante complicada, devido a falta de transporte. Ana Casotti e seu marido Ricardo Casotti, Miguel Goring e Luiz Coffler, juntamente com alguns empregados foram a pé comprar a imagem do Santo em Santa Leopoldina. Eles pediam comida e pousada nas casas à noite e logo ao amanhecer seguiam viagem trazendo o Santo nas costas.
Quando chegaram, depois de quase uma semana de caminhada, os seus ombros estavam todos machucados, mas foram recebidos com muita festa e alegria.
no dia 01 de janeiro de 1920, foi celebrada pelo Vigário Frei Gaspar de Módica, a primeira Missa na Capela São Miguel Arcanjo.
Na vila 25 de Julho morava uma senhora chamada de Marta Volkart. Naquela época, frei Dionisio pediu a Dona Marta que ela se batizasse na Igreja Católica e a frequentasse, pois era de origem luterana. Ela concordou com o Frei, porém dizia: “eu vou me batizar, mas quero que a igreja seja minha”. Fez então questão de construir uma igreja dela e colocar as imagens de sua devoção: santo Antônio, santa Marta e São benedito. essa ficou sendo a Igreja da vila 25 de Julho. estava no lugar onde se encontra a igreja atual e foi inaugurada no dia 08 de abril de 1929, sendo dedicada a Santo Antônio.
Na Ocasião, Frei JOrge Maria de Módica dizia que a igreja deveria ficar no meio do povo. Então a igreja de São Miguel Arcanjo da propriedade dos Casotti foi demolida, ficando somente a Santo Antônio na vila 25 de Julho.
A atual igreja da comunidade 25 de Julho foi construída no terreno onde estava a igreja de propriedade de Marta Volkart, sendo inaugurada no dia 21 de fevereiro de 1960 pelo Frei Apolinário. A nova igreja foi dedicada a Santo Antônio e a São Miguel Arcanjo e teve como construtor o senhor Alécio Cornaquini.
COMUNIDADES DO SETOR III
A comunidade começou a ser povoada por volta de 13 de setembro de 1915. As primeiras famílias que lá chegaram foram: Baratella, Baroni, Bridi, Demuner e Pestana.
Os primeiros habitantes frequentavam a Igreja de São Paulo até construírem a primeira Igreja na localidade. Esta foi feita de madeira e ficava no alto de um morro, próximo ao centro da comunidade, onde hoje localiza-se o cruzeiro. Simultaneamente à construção, as orações começaram a acontecer na casa do senhor Napoleone Baratella e sua esposa Luighia Sbardelotti Baratella. Devido áquele local ser de difícil acesso, resolveram construir a 1ª Igreja no local em que se encontra hoje.
A imagem do padroeiro foi doado pelo Sr. Napoleone, depois de uma promessa feita para construir uma Igreja. A indicação do Padroeiro foi do Padre da época, pois não havia nenhuma igreja com este padroeiro na região. Bom Jesus da Lapa passou um tempo na casa de seu doador e assim que a igreja ficou pronta sua imagem foi levada para lá. As missas eram celebradas na casa do Sr. Miguel Demuner e quem se encarregava de buscar o padre era o Sr. João Pinto Pestana e o Sr. Miguel Demuner, sendo feito a cavalo.
O primeiro padre a celebrar missa na comunidade foi o Pe. Leandro, ele permanecia na comunidade de dois a três dias, ficando na casa do Sr. Napoleone e fazia os atendimentos como confissões, conselhos, visitas aos doentes, e as demais atividades que lhe cabiam.
Somente em 19 de fevereiro de 1939 a 1ª igreja ficara pronta, e teve sua primeira missa celebrada pelo Frei Manoel.
Era bem pequena e com o passar do tempo foi se deteriorando, havendo cada vez mais a necessidade de um templo maior.
Em setembro de 1965, a comunidade recebeu a visita do missionário Aloisio acompanhado do Vigário Frei Angélico, oportunidade que foi assentado o Cruzeiro na comunidade, naquele antigo local, outrora escolhido para sediar a igreja, no alto do morro.
A matéria prima para a grande cruz foi doada pelo Sr. Atílio Bridi, um ipê preto, cuja madeira era muito pesada, e devido ás chuvas torrenciais da época, foram necessários sete juntas de bois para trazer a cruz aos pés do morro.
Ao tentar avançar com o mastro até o topo, os moradores depararam-se com outra dificuldade, pois não havia possibilidade dos bois subirem até em cima do morro. Foram amparados pela fé e pela crença do seminarista, que colocou-se sobre a cruz, e fazendo orações acompanhado de todos os moradores acentaram a cruz no local escolhido.
Com o passar do tempo, o mesmo que havia acontecido com a igreja, inevitavelmente ocorreu ao cruzeiro: a madeira apodreceu, e foi, então, substituído por uma cruz de cimento.
Em março de 1974 fica pronta a 2ª Igreja, a mesma até os dias de hoje.
Bispos que visitaram a comunidade: D. Luiz, D. Antônio, D. Silvestre e D. Geraldo.
Os primeiros padres que atenderam a comunidade foram: Frei Manoel, Frei Rafael e Frei Afonso Maria.
A construção da 1ª Igreja foi a base de muitos esforços e doações de todos por vários anos. A primeira festa aconteceu em 1940 e para abrilhantar a mesma, a banda de música de 25 de Julho se apresentou e foram até Córrego Frio a pé. As festas eram realizadas com missas campais, pois reunia muitas pessoas e elas contribuíam com produtos para fazerem leilões. Quem tomava conta da organização da Igreja eram chamados de fabriqueiros. Dentre eles estavam: Antonio Domingos Pestana, D’alt Campista, Marcelino Demuner, Acrisio Bridi e muitos outros.
A Comunidade de Nossa Senhora da Penha foi fundada em 28 de Abril de 1930, quando o senhor Joseph Pivetta na época recebeu uma graça de Nossa Senhora da Penha. Pela sua fé e devoção ele construiu em seu terreno uma capela em honra a Nossa Senhora. Desde então as poucas famílias que aqui moravam começaram a se reunir aos domingos com a reza do terço. No ano de 1960 rezava – se o culto dominical, após, 10 anos, a Comunidade tornou – se uma Comunidade Eclesial de Base.
DADOS DA COMUNIDADE E LOCALIZAÇÃO
NOME DO LOCAL: VÁRZEA ALEGRE
DISTRITO: ALTO SANTA MARIA
CEP: 29662-000
PADROEIRA: NOSSA SENHORA DO BOM PARTO
PARÓQUIA: SANTA TERESA D’AVILA
DIOCESE: MITRA DIOCESANA DE COLATINA
ESTADO: ESPÍRITO SANTO
FAMÍLIAS CATOLICA: 360
- HISTÓRICO DA COMUNIDADE
DATA DA FUNDAÇÃO: 1928
DATA DA CONSTRUÇÃO DA PRIMEIRA IGREJA: 1928
DATA DA CONSTRUÇÃO DA SEGUNDA IGREJA: 1959-1960 E EM 1965 CONSTRUÍRAM A CANÔNICA
DATA DA CONSTRUÇÃO DO CAMPÁNARIO COM TRÊS SINOS: 1999-2000
PADRE QUE INAGUROU A PRIMEIRA IGREJA: FREI DOMINGO DE RÓCANO
PADRE QUE INAGUROU A SEGUNDA IGREJA: FREI ESTEVÃO CORTELETTI
MOTIVO DA ESCOLHA DA PADROEIRA: DEVIDO A UM PARTO DIFICIL NA ÉPOCA E PELA GRAÇA ALCANÇADA COMPROU A PRIMEIRA IMAGEM QUE AINDA SE ENCONTRA NA IGREJA.
- ORGANIZAÇÃO EXISTENTE
CATEQUESE
CRISMA
CRISMA ADULTO
LITURGIA E CANTO
CÍRCULO BÍBLICO
BATISMO
DÍZIMO
JOVENS
MINISTRO DA SAGRADA COMUNHÃO –(SERVIÇO)
CONSELHO COMUNITÁRIO
VÁRZEA ALEGRE, 08 DE ABRIL DE 2015
Dados referentes a comunidade Santo Antonio (Mattedi)
Padroeiro da comunidade: Santo Antonio
Endereço: (comunidade Santo Antonio (Mattedi)) Várzea Alegre, Santa Teresa-ES
A comunidade de Santo Antonio (Mattedi) foi fundada por volta de 1923 por algumas famílias que aqui residiam, sendo elas Taufner, Mattedi, Moráo, Pivetta, Possatti, entre outras.
Havia uma pequena escola de tijolos e zinco, uma venda de coisas mais básicas e necessárias
Por volta da década de 40 a 70 a comunidade era bem frequentada pelos moradores e vizinhos . Mas devido ao êxodo rural ficou reduzida em poucas famílias. Mais tarde foram chegando outras famílias
A antiga igreja foi demolida e por volta de 1990 deu-se inicio a construção da igreja atual , que hoje possui 14 famílias onde 7 são participantes ativas, que se reúnem aos sábados para a celebração da palavra.
Esta localidade, Itanhanga, foi assim chamada pelos primeiros moradores que aqui se instalaram por volta de 1880, famílias de Araújo Bernardino e José Queirós.
Antes da primeira capela havia no mesmo lugar um cruzeiro onde o povo se reunia para rezar o terço. Venâncio Loss por mais de 25 anos catequizava e conduzia as orações.
Só por volta de 1944, por Segundo Malavasi foi então construída a primeira capela dada a São Bento como padroeiro, isso porque o lugar era conhecido e temido pelo grande número de cobras venenosas que frequentemente faziam vítimas nas lavouras, sendo assim, Santo de sua devoção.
Depois de 1970 a antiga capela foi demolida e construída uma outra um pouco maior inaugurada por Frei Antônio Zuqueto. Daí pra frente começou-se celebrar aos domingos e devagar foram surgindo algumas pastorais.
Hoje com 21 famílias caminha dentro de suas possibilidades com pastorais ativas na catequese, liturgia e canto, batismo, dízimo, limpeza e também os ministérios dos coroinhas e ministros extraordinário da Eucaristia onde uma vez por mês os representantes das pastorais se reúnem em conselho para discutir e planejar a caminhada da comunidade.
15 de março de 2015, conselho da comunidade
Lateral da Antiga Capela de São Paulo, no mesmo local onde está a atual, na foto lateral trata-se da 1ª missa celebrada por frei José Corteletti, em 05 de Julho de 1959
Do Livro do Tombo, v.1 folha 29, verso, temos, com relação ao ano de 1907: Licença para benzer a Capella de São Paulo Ilmo. Exmo. Snr. Bispo. O abaixo assignado Vigário de Santa Thereza pede a V. Exª. Rvma. Licença para benzer a nova Capella de São Paulo do Rio Perdido desta Parochia de S. Thereza. (S. Thereza 9. 2. 907, humilde servo frei Eugenio de Comiso C.)
A atual Capela foi construída em 1972, sobre o nome da localidade, frei José Corteletti apresenta a seguinte história: “contavam os velhos que, ainda nos idos do século XIX, no tempo dos primeiros colonos italianos, um homem fora encontrado morto, com seus apetrechos de viagem, ás margens do rio, com indicações que que havia se perdido. A partir desse momento, o rio passou-se a chamar-se rio perdido. Mais tarde ainda no século XIX. Construíram, no mesmo local, a Capela dedicada ao apóstolo Paulo. Por isso essa comunidade é conhecida por São Paulo do Rio Perdido.
No Livro do Tombo, v.1, folha 6, verso, consta provisão em 20/03/1899, certamente para a capela anterior, no volume 2, folha 119, frente, consta que, em 15/01/1959, “o Revmo. Vigário Pe. Frei Apolinário de Sortino, em ocasião da festa do padroeiro, ofereceu á capela de São Paulo – Rio Perdido, a relíquia de São Paulo, que ornará a Capela”.
COMUNIDADES DO SETOR IV
A comunidade Vale de Tabocas, iniciou-se com a vinda dos imigrantes Italianos por volta de 1887, desbravando matas abrindo caminhos depararam no alto de uma montanha um belíssimo vale que esbanjava verde e um clima agradável. E assim as famílias Corona, Batisti, Merotto, Zamprogno, Mognato, Zufelato, Rasseli entre outros, encantadas com a beleza daquele vale, fizeram dali sua morada.
O nome Vale de Tabocas se deu pelo fato de que na ocasião ter por toda a parte uma espécie de bambu que na linguagem tupi se chama taboca e assim denominou para a localidade este titulo.
Naquela época fundaram uma igreja na qual iam fazer suas orações que se deu o titulo da padroeira ‘Nossa Senhora Auxiliadora’ onde não existiam pastorais, com o passar dos anos formou-se pastorais que hoje são: Pastoral catequética, litúrgica, canto, batismo, coroinha, ministro da eucaristia, dizimo dentre outras.
As principais conquistas da comunidade foram a escola, o asfalto, internet, dentre outras.
Com o passar dos anos a igreja local, devido a infestação de insetos (cupins), e pela infiltração nas paredes está passando por uma das maiores reformas feita na mesma até atualmente, reforma esta que está sendo feita através de doações.
Nossos antepassados construíram este templo em 1923 (um mil novecentos e vinte e três), que daqui a 7 anos completara seu centenário, eles a fizeram, cabe a nós mantê-la em um bom estado de conservação.
Coordenadora: Carmen Cosmi Merotto.
Diante de um pequeno altar, se reuniam em nome da fé…
Durante muito tempo por não existir igreja na localidade de Alto Caldeirão uma moradora no qual seu nome é Marta Penitente Daleprani reunia-se com seus fiéis para orar em um quarto de sua casa. Diante de um pequeno altar improvisado eles rezavam o terço, via-sacra, coroinha do sagrado coração de Jesus nas primeiras sextas feiras de cada mês, ladainhas, e até faziam pequenas coroações.
Dona Marta quem motivou a comunidade para a construção de uma Igreja. Foi o Sr.José Roque Daleprani quem doou o terreno, e com muita persistência superaram muitas dificuldades. Naquela época, o trabalho era braçal e não tinha as tecnologias de hoje.
Com muita luta e dedicação em 1948 foi inaugurada a tão esperada e sonhada Igreja.
Tendo como padroeira ¨Nossa Senhora Das Graças¨ que na época estava sendo muito louvada por seus milagres. Foi Frei Manoel quem celebrou a primeira missa de inauguração, desde então se comemora a festa de Nossa Senhora Das Graças no último domingo de novembro. E todos os anos no mês de maio se realiza a coroação de Nossa Senhora.
Movidos pela fé a comunidade cresceu, e já não havia espaço para tantos fiéis. Então com muita união decide-se pela construção de uma nova Igreja onde mais uma vez a fé superava os obstáculos. Com intercessão de Nossa Senhora conseguimos realizar este sonho, e em 30 de novembro de 2003 foi inaugurada a nova Igreja (ao lado da antiga).
Hoje a comunidade tem 162 dizimistas, aproximadamente 80 destes contribuem mensalmente. No momento as pastorais atuantes são: Liturgia, Canto, Catequese, Crisma, Batismo, Dizimo, Ministros, Coroinhas, Grupo de Oração, Pastoral da Saúde, apostolado da oração … enfim, que o Senhor possa continuar derramando suas bençãos e proteção a cada irmão e que Nossa Senhora possa estar intercedendo por cada filho seu, e que nossas comunidades cresçam cada dia mais no amor e na fé. Amém!
Alto Caldeirão, Santa Teresa, ES.
09/03/2015
Iniciamos nossa missão conscientes da responsabilidade de contribuirmos no trabalho e na capacidade de responder aos desafios. Nos primeiros dias a tristeza e solidão, como sem destino. No novo, criaram-se as afinidades e conhecimentos que se interagirem foram se transformando em felicidade. Os obstáculos foram trazendo crescimento e cada momento de busca se tornou em encontro. Descobrimos então um tesouro que jamais encontraríamos se não tivéssemos tido a coragem de tentar. Iniciamos através de uma reunião no dia 01/12/2000 na Igreja Santo Antônio fomo orientados ela palavra do Senhor em Ezequiel 40 á 47 que traz a construção do novo templo e o que chamava a atenção é a parte do capitulo 47 ao qual se trata da fonte prodigiosa do templo. Assim como a fonte de água num país como a palestina é vista como benção, naquele momento era para nós como foi povo de Jerusalém, o símbolo do poder vivificante de Deus. Então cheios dessa benção fizemos a reunião para definir onde faremos? Como faremos? E quem fará?
Já estávamos celebrando na Capela Sato Antônio a 3 meses e fazíamos também novena de natal. Tendo a vista a necessidade de outras equipes. Através da autorização do Bispo Dom Geraldo Lírio Rocha, o grupo da comunidade: Floriano Neumann, Melinda Hilgert, Dalzira Daleprane e Gervásio Madalon e sob orientação do frei Jorge começaram os trabalhos de equipe, dividindo as tarefas, como; chefe de obras, responsável por doações, tesoureiro, secretários e coordenadores. Também formaram-se as equipes religiosas como: Catequese, Liturgia, Batismo, Cântico, Circulo Bíblico e Crisma.
Já havia observado o terreno do Sr. Robson Erler que estava por aqueles dias quase desocupado pois servia como depósito de eucalipto. Então surgiu a ideia de que ali seria um bom lugar para a construção da Igreja e nele havia também água em abundância, Gervázio e Dalzira foram até a casa do Sr. Robson a tardezinha do dia 03/12/2000; chegando lá estava ele, esposa e filhos, Gervásio e Dalzira ficaram acanhados, mas era a missão, ale era importante, iam pedir a doação do terreno para a construção da igreja. E a resposta positiva veio logo em seguida, havíamos recebido dele a doação do terreno de 1,5 hectares. Saímos cheios de alegria, agradecemos a ele e o Senhor a grande obra feita para nós naquele dia. Dessa forma na segunda reunião já tinha o local e muitos irmãos interessados para iniciar os trabalhos. Os dados gerais de todos estes fatos estão escritos no livro de atas de reunião da comunidade.
A escolha da Padroeira foi feita através de uma reunião com os membros da comunidade. A princípio o senhor Elia Daleprane deu a sugestão para a escolha de Nossa Senhora de Fátima e através da observação da história e exemplo vivo de fé e amor dado pela Santa Nossa Senhora de Fátima, todos escolheram para ser a padroeira que por amor ensina quanto devemos amar e respeitar Deus Pai e a Igreja.
O início da obra foi dado através de mutirões e doações. No começo foi feito toda a limpeza do terreno e construídos uma casa para o zelador, um salão onde realizavam as celebrações e quatro sanitários. A obra da construção da igreja iniciou-se em 26/12/2002 com abertura das sapatas para o alicerce, com o passar do tempo foi construído também o cemitério local. Os trabalhos de construção continuaram devagar através de doações e festas beneficentes. Os trabalhos religiosos também continuaram agora com mais uma equipe de Ministério da Eucaristia.
“Por isso, em todo o lugar por onde passar a torrente, os seres vivos que a povoam terão vida. Haverá abundância de peixes, pois onde quer que essa água cheque, ela levará vida em todo o lugar que a torrente atingir”. Ezequiel 47 – 9.
No inicio o lugar ela chamado de caldeirão devido haver outras comunidades com o mesmo nome as famílias da época mudaram o nome para Sagrado Coração de Jesus e depois no ano de 1991 foi formada a comunidade que passou a ser chamado de Alto Tabocas devido já ter outra comunidade com o nome de Sagrado Coração de Jesus.
Hoje a comunidade tem 40 famílias que moram no local destas quatro freqüentam a igreja evangélica fora da comunidade, à comunidade hoje tem 29 famílias dizimistas e que participam da igreja.
As famílias vivem do cultivo de café e algumas do cultivo do tomate, hoje a comunidade tem algumas pastorais como a do batismo, dizimo, ministros da sagrada eucaristia, cântico. A comunidade faz a celebração da palavra todos os domingos e tem missa uma vez ao mês e celebra a festa do padroeiro no dia de Corpus Christi.
Histórico da comunidade
Pelo o que sabemos é que no ano de 1930 foi fundado a 1ª capela onde se era rezado o terço aos domingos e o padre vinha à comunidade uma vez ao ano celebrar a missa e esta missa era celebrada no dia de Corpus Christi.
O 1° morador desta localidade foi Diguigo Ferro e depois dele vieram as familias Merlo, Corona, Sperandio e Meneguine. Não possuímos o nome do padre que inaugurou a primeira igreja nem a data.
A escolha do padroeiro foi feita pela dona Desolina Merlo que foi ferida por um animal, então ela fez a promessa que se fosse curada ela colocaria a imagem de Sagrado Coração de Jesus na capela e esta imagem q foi doada por ela continua na igreja ate o dia de hoje.
No ano de 1991 foi formada a comunidade pelo pároco da época que era Frei Paulino Fabris e no ano de 1995 foi dado inicio a construção da nova igreja no dia 12 de setembro com duração da obra de seis meses terminando no dia 12 de março de 1996.
O primeiro pequeno oratório com a imagem do Sagrado Coração de Jesus localizava-se no terreno de Miguel Rassele que atualmente pertence a seu filho Miguel Rassele e esposa Hermínia Calegare Rassele. Até então, os moradores desta região faziam suas orações neste oratório e, participavam da comunidade vizinha – Tabocas – Onde recebiam os sacramentos.
Com o passar dos anos, a frequência no oratório aumentou e fez-se necessário ampliar o espaço. Construíram então a primeira capela, no mesmo local. Missas em latim eram celebradas a cada dois meses e, anualmente realizava-se a festa em homenagem ao Padroeiro Sagrado Coração de Jesus. Aos domingos rezava-se o terço. Devido a distância entre a localização dos moradores e da pequena capela, Pedro Rassele Filho com o consentimento de Dona Hermínia Calegare encontra-se a atual igreja.
A nova capela foi construída e inaugurada em 1952. O sino, as imagens do Sagrado Coração de Jesus e de Nossa Senhora Auxiliadora foram trazidos pra a nova capela.
Durante 25 anos, a coordenação desta capela ficou sob a responsabilidade de seu filho Antônio Rassele. Em 1978, formou-se a comunidade Sagrado Coração de Jesus (Rassele). Esta denominação – Rassele – é referente ao sobrenome da grande maioria dos moradores da comunidade.
A cada ano, aumentava-se o número de fiéis. A capela tornou-se pequena. As missas eram celebradas na área externa. A Comunidade sentiu necessidade de fazer um templo maior para abrigar seus fiéis. Sob a coordenação de Antônio Mognato Sobrinho, fez-se a atual igreja com a colaboração de todos os dizimistas da Comunidade. As doações foram feitas em dinheiro, café e através de trabalho em mutirão. Pessoas de outras comunidades sentira-se sensibilizadas e ajudaram também.
A inauguração foi no dia 20de Julho de 1997. A Missa inaugural foi presidida por Frei Honório de Siqueira, pároco das comunidades de Santa Teresa. Com o novo templo, a comunidade sentiu-se ainda mais animada no trabalho de Evangelização. As pastorais começaram a realizar seus trabalhos com maior vigor. No ano de 1998, foi eleito como coordenador Avelino Rassele, que construiu o Centro Comunitário e comprou para a comunidade retroprojetor, ventiladores, caixa de som e microfones.
Em 2000, a comunidade elegeu como coordenador Luis Carlos Mognatto e como vice João Batista Zamprogno que deu continuidade as adequações de infraestrutura da igreja (reforma do bar, construção do barracão e muros) e ao trabalho de evangelização até o ano de 2002. Na eleição seguinte, foi reeleito Luis Carlos Mognatto tendo como vice Ana Maria Ghisolfi Dalmaschio que coordenou até 2004.
No final de 2004, ocorreram novamente as eleições. Para coordenador a comunidade durante os anos de 2005 e 2006 foram eleitos Dovacir Rassele e Delacir Rassele. Em 2005, Dovacir Rassele assumiu a coordenação da comunidade, e seu irmão Delacir Rassele a vice coordenação. No ano seguinte (2006), Delacir Rassele a coordenação, e Dovacir Rassele a vice coordenação. Durante esses dois anos, deram continuidade ao trabalho de evangelização e adquiriram um presépio completo.
No final de 2006 foram realizadas as eleições. Como coordenador, a comunidade elegeu Agnaldo Antônio Rassele e com vice coordenador Valdeir Augusto Sperandio. Ao primeiro dia
do mês de janeiro do ano de 2007, os eleitos assumiram a responsabilidade de coordenar nossa comunidade.
Durante a coordenação de Agnaldo Antônio Rassele e Valdeir Augusto Sperandio foram realizadas inúmeras melhorias: foi adquirido aparelhagem de som completa, porta-bíblia, pintura do quadro, armário para guardar o som, estandarte do Sagrado Coração de Jesus, restauração do cálice, grade para reforçar a porta principal. Todas essas melhorias foram realizadas com o intuito de facilitar e melhorar o trabalho de evangelização.
No dia 1° de janeiro de 2010, João Carlos Pereira Rosa e Jovani Aparecida Rassele Pereira assumiram a coordenação e Reinaldo Afonso Pereira e Marcilene Aparecida Rassele Pereira a vice-coordenação. Durante a coordenação de João Carlos Pereira Rosa e de Jovani Aparecida Rassele Pereira foi adquirido: toalhas de mesa, ventilador, microfone, cadeiras para as crianças da catequese, coroa do Sagrado. E com uma doação de doces que teve a colaboração de todas as pessoas da comunidade foi feito uma rifa e com o dinheiro foi comprado uma televisão para as crianças da catequese. E os coordenadores continuaram o trabalho de evangelização.
No final a coordenação de Luis Carlos Mognato e de Ana Maria Ghisolfi Dalmaschio foi adquirido: violão, jaleco novos, vestes de coroinhas, caixa d’água, ventiladores, data show, computador. Foi feito no centro comunitário salas de catequese e reforma da cozinha, deram início a reforma da igreja e continuaram no trabalho da evangelização.
No final de 2012 foram realizadas as eleições para coordenador, a comunidade elegeu Fabiano Krause e para vice Coordenador Janadir Luiz Rassele.
No dia primeiro de janeiro de dois mil e treze, os eleitos assumirão a responsabilidade de coordenar a nossa comunidade durante os próximos dois (2) anos. Durante a coordenação de Fabiano Krause e de Jonadir Luiz Rassele foi concluída a reforma da igreja (nessa reforma inclui também o bar muro, barracão e centro comunitário). E foi adquirido para a comunidade: fogão, bebedouro, caixas de som, churrasqueira elétrica, ventilador de parede, vestes de coroinhas, microfones, toalhas de mesas, poste de energia (padrão), contrabaixo e vestes vermelhas.
Foi doado o valor de mil reais (1.000,00), para a reforma da igreja da comunidade de Tabocas. Os coordenadores deram início ao calçamento do pátio da igreja da nossa comunidade e deram continuidade no trabalho de evangelização.
No final de 2014 foram realizadas as eleições. Para coordenador a comunidade elegeu Jairo Ângelo da Silva e para vice coordenadora Samira Dalmaschio Silva.
Ao primeiro dia do mês de janeiro do ano de dois mil e quinze os eleitos assumiram a responsabilidade de coordenar nossa comunidade durante um ano.
Formada na época por pouco mais de 20 famílias que se reuniam numa antiga Escolinha onde preparava.se as crianças e jovens com a Catequese e Crisma. Após um período de conflito dentro da Comunidade onde participavam NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS cerca de 5 km dessa Escolinha as Famílias. Resolveram então Procurar o Pároco com a ideia de formar uma Comunidade, pois também a distância muitas vezes atrapalhava a participação dos mesmos O Pároco FREI JORGE VEIGA autorizou logo as famílias se reuniram os donos do terreno fizeram a doação do espaço e logo deram início a construção da Igreja e em menos de 2 anos a Construção toda foi feita em regime de mutirão e doação, quem podia doava material, outros doavam dias de trabalhos na obra. As mulheres ajudavam na amarração de ferragem pra vigas por meses se reuniam 2 a 3 dias por semana na obra e nos finais de Semana se reuniam pra celebrarem. Também aqui não podemos deixar de lembrar que muitas comunidades nos ajudaram nessas doações.
Até mesmo de outras paroquias vizinhas de Itarana e Santa Maria de Jetibá.
Neste ano de 2015 completamos 15 anos somos 49 famílias e 85 membros, celebramos todos os finais de semana, somos uma comunidade ativa e participante das atividades da Paroquia.
E o mais importante nosso ponto partido foi conflituoso, mais hoje estamos em perfeita harmonia e comunhão com nossos vizinhos, estamos sempre participando juntos de várias atividades.
A guisa de Capela, construíram um Oratório em madeira lavrada a mão, medindo aproximadamente 3 X 2 metros, onde apesar da rusticidade mostravam a sua nova Pátria, o dom natural de erigir edificações monumentais, expressando em materiais físicos, quando poderiam seus valores espirituais e religiosos da etnia de italianos desbravadores nos deixar para admiração das gerações que saibam valorizar os heroicos.
Esta foi a apresentação da ESCOLA CATEQUÉTICA, concluída no ano de 1888, primeira Capela construída de madeira em Caldeirão, com o Padroeiro São José.
Não possuímos fotos desta capela citada.
No dia 17/03/1902, foi inaugurada a nova e atual Capela de São José em Caldeirão.
Cito aqui os patriarcas pioneiros de nossa história:
Francisco Ziviani
João Carlini
Mateus Cortelleti
Eugênio Cortelleti
Domingos Cortelleti
Simão Cagol
Guilherme Degasperi
Giácomo Loss
Assunta Degasperi
Gerônimo Matedi
João Covre
Manoel Borges
Jácomo Matedi
Tereza Carlini
Cujas esposas, irmãos, irmãs, filhos e filhas não diferenciavam na coragem pela austeridade, dando assim início a comunidade centenária.
A primeira missa celebrada na Capela foi com Frei Domênico Martinelli, e a segunda missa, no dia 10 de agosto de 1898 quando a Capela deixou de ser ESCOLA CATEQUÉTICA e passou a ser ESCOLA CATÓLICA, esta foi benta e reconhecida como Igreja, foi celebrada por Frei Marcelino Domênico Moroni D’Agnadello, este sendo o primeiro vigário de Santa Teresa.
Paz e Bem a todos, secretária do Conselho Comunitário da Capela de São José.
Vanilza Toninelli Vulpi.
A primeira capela era de madeira. Foi construída em 1924 e inaugurada em 1927 por Frei Dionísio. A escolha do Padroeiro foi feita por D. Maria Merllo Ziviani que morava numa propriedade na Itália cujo Padroeiro era São Roque.
Ao vir para o Brasil o navio de D. Maria ocupava foi tomado por uma epidemia. Ela, porém, fez uma promessa de que se não fosse contagiada ergueria uma capela a São Roque. E tal aconteceu que aqui chegando ela construiu uma pequena capela e lá colocou a imagem de São Roque. A imagem foi doada por Orlando Cortelleti e o sino da capela por João Ziviani.
Em 1948 houve uma chuva que durou 90 dias que fez com que a igreja desabasse.
São Roque foi abrigado por Lourenço Ziviani, lá rezaram durante 3 anos.
Em 1951, as famílias se reuniram em mutirão e construíram a atual igreja que teve seu término em 1954.
COMUNIDADES DO SETOR V
A comunidade Vale da Esperança esta localizada a 23 km da sede de Santa Teresa-ES, no distrito de Santo Antônio do Canaã / Assentamento Tomazinni. Nossa comunidade foi fundada em 29 de setembro de 1997 e a igreja iniciou a construção em 12 de outubro de 2000, tendo como padroeira Nossa Senhora Aparecida. Durante este período os fieis celebravam na antiga escola da fazenda Tomazinni, no decorrer deste período enfrentamos diversos desafios, até chegar à construção da igreja, damos um grande avanço, mais o nosso desafio continua. A nossa comunidade é constituída de 39 famílias, sendo apenas 16 famílias católicas.
Coordenador, Elias de Souza Ramos.
A primeira Capela, construída com madeira em 1925, abrigava a imagem de Nossa Senhora de Lourdes, introduzida por imigrantes italianos da família Dallapicola. Os descendentes (netos) do patriarca Carlos Dallapicola relatam que, além da imagem de Nossa Senhora de Lourdes (restaurada por duas vezes) que dá nome a comunidade local, também foram introduzidas as imagens de São Sebastião, Bom Pastor e Anjo Gabriel (nunca foram restauradas). Em frente à Capela, foi construído um Oratório que abriga até hoje a imagem de Santo Antônio. Mais tarde, com a vinda da família do Sr. Ambrosio Lóss, que veio residir na propriedade vizinha a do Sr. Carlos Dalapicola, trouxe consigo a imagem de Nossa Senhora da Penha, advinda de uma Capela que existia na sua antiga propriedade. A imagem de Nossa Senhora da Penha foi inserida no Altar da Capela junto à imagem de Nossa Senhora de Lourdes.
Em 1957 (aproximadamente) a Capela de madeira deu lugar a nova Capela de alvenaria, que, até hoje (2015), mesmo tendo passado por diversas reformas, mantém os traços característicos do modelo de construção das Capelas daquela época, incluindo a Sacristia. Destaque para as inscrições das principais Santas sobre a porta, NSDL e NSDP. Outra característica preservada é a cor das paredes, branca, e dos destaques, como portas, janelas, Altar e inscrições, em azul real.
No Livro do Tombo, v. 2, folha 114, frente, com referência à 11 de maio de 1958, temos: “Realizou-se neste dia, com a licença do Exmo. Sr. Bispo, a benção da nova Capela de Nossa Senhora de Lourdes da Barra Tabocas, em comemoração do 1º Centenário da Aparição de Lourdes. O Revmo. Vigário Pe. Frei Apolinário benzeu-a e celebrou a primeira Missa na nova Capela”. A provisão aconteceu em 23 de abril de 1958 (Fonte: Oratórios, capelas e igrejas do município de Santa Teresa. – Vitória, ES: Centro Educacional Leonardo da Vinci, 2001).
Em 17/07/2014 foi inaugurado, ao lado da Capela, uma construção com as seguintes dependências: 01 sala de catequese/ reuniões; 01 espaço coberto onde são realizados alguns eventos específicos; 01 cozinha; e 01 cantina. Próximo a este espaço foram construídos 02 banheiros. Essa ampliação só foi possível de ser realizada com a ajuda financeira da Prefeitura Municipal de Santa Teresa, na gestão 2001/2004, do então prefeito Orly Miguel dos Santos.
Além de dezessete quadros (quatorze da Paixão de Cristo), a Capela conta com onze imagens, a maioria delas oriundas de promessas feitas a Nossa Senhora de Lourdes.
A Comunidade de Santa Bárbara, situada em barra do Rio Perdido, município de Santa Teresa/ES, com um imóvel de 400 m2 doado pelo Sr. Joanim Caser, filho de Gáspero, sendo a imagem da padroeira Santa Bárbara uma homenagem a sua esposa que tinha o nome de Maria Bárbara. Todas as famílias de Barra do Rio Perdido, ficaram muito contentes com ideia e esperavam com ansiedade a inauguração da igreja. Assim começou a construção. Em 1955 a Família Caser contratou os pedreiros: Orlando Pochera, Luiz Casteluber, Calistro Pauli da Silva, Ivo Casteluber e Atílio Zufelato para começarem a construção da Igreja. O material era transportado pelo Sr. Geraldo Caser, em seu caminhão vermelho. A família Caser recebeu também uma doação no valor de trezentos cruzeiros vindo da herança de quinhentos crezeiros que o Sr. Francisco Bicevelli deixou para sua filha D. Ursula Corona, mãe de Geraldo Corona.
Com o passar do tempo, a Igreja foi crescendo e já necessitava de uma capela para o Santíssimo. Todas as Famílias da comunidade se colocaram a serviço voluntariamente, além das arrecadarem doações em dinheiro e em material de construção. O engenheiro responsável foi Teicherinha e os pedreiros Argel Carline e Dedé Carline. No final do mês de setembro de 1999 a nova igreja fora concluída.
A primeira missa na capela foi celebrada por Frei Querubim. O primeiro Batizado foi realizado no dia 1 de dezembro de 1957 pelo Frei Cesar Broeto que Batizou Luzinete Estivão e Evanir Zonta. O primeiro casamento foi realizado no dia 19 de dezembro de 1959 pelo Frei Apolinário de Sartorio e os noivos eram Elidio Valadares e Palmira Bronzon. Visita da imagem de Nossa Senhora da Penha 05/07/1988. Visita do Bispo Dom Silvestre 01/11/1988. Chegada do Santíssimo sacramento a comunidade 10/07/1993. Dona Filomena Loss foi a cozinheira dos Padres nas canônicas das Igrejas de São Sebastião, Santa Bárbara, Santa Luzia e Corrêgo frio. Bodas de ouro da comunidade de Santa Bárbara foi em 04/12/2005, foi celebrada a missa com a participação do setor 5 . O Padre celebrante foi Frei Agnaldo. Todas as Famílias da comunidade se empenharam para a realização desta festa e ficaram muito contentes com o acontecimento.
Atualmente a comunidade consta com 40 dizimistas, possuindo as equipes: coordenador, vice, tesoureiro, Liturgia, Canto, Catequese, Batismo, Crisma, Dízimo, ministros de eucaristia, Limpeza e ornamentação.
A comunidade de Santo Antônio foi fundada em 1873 por imigrantes poloneses que vieram da Polônia até Santa Leopoldina de navio e a pé até Santo Antônio. Trouxeram consigo duas imagens de Santo Antônio.
A maior, feita de madeira, foi colocada na igreja tosca, feita de estuque.
Imagem de Santo Antônio esculpida em madeira que hoje está localizada na torre da igreja
A imagem menor foi colocada no centro da vila, cravada em uma peça de madeira que fazia parte do cruzeiro. Posteriormente ela foi colocada em um capital que mais tarde veio a ser demolido dando lugar a um monumento de propaganda. Em 1981 Ludovico Andrich sensibiliza a comunidade a demolir o monumento de propaganda e erguer em seu lugar outro monumento desta vez um monumento com uma estátua de bronze que até hoje se localiza na Praça de Santo Antônio. A imagem antiga estava bem deteriorada sendo impossível sua restauração, devido a isso, foi sepultada conforme costume dos moradores.
Monumento de Santo Antônio localizado na praça da comunidade
A comunidade recebeu o nome de Santo Antônio em homenagem ao santo de devoção que com os imigrantes chegaram a essa terra. Em 1914 é trazida uma imagem nova da Itália que hoje está no altar da igreja e que substitui a imagem antiga.
Imagem trazida da Itália que se localiza no altar da Igreja dedicada ao Santo que é conduzida pelos fiéis em procissão pela comunidade no dia de seu festejo.
Após a imigração polonesa deu-se a imigração italiana e por falarem idiomas diferentes, os poloneses se reunião para rezar pela manhã e os italianos à tarde. O costume polonês é o que perdura até os dias atuais.
Como a maioria dos colonizadores eram italianos os padres que vieram para dar assistência a comunidade eram italianos. O primeiro padre a fazer batizados na comunidade foi Padre Marcelino Moroni em 1888.
A comunidade crescia e surgiu a necessidade da criação da sociedade religiosa para administrar a Igreja de Santo Antônio e promover a religião na comunidade e administrar o cemitério. Houve também a necessidade de se construir uma nova igreja.
Em 1910 é iniciada a construção em torno da igreja velha que só foi demolida após o termino da construção da nova. Até 1944 havia ainda parte da igreja antiga. A construção da igreja nova foi concluída em 1913. Enquanto a nova igreja era construída na antiga eram realizados ofícios religiosos. Somente em 1944 o fabriqueiro (nome dado na época para o coordenador da comunidade) Ernesto Merlo efetuou uma ampla reforma na igreja dando a ela o aspecto atual.
Imagem atual da igreja de Santo Antônio
A festa de Santo Antônio é realizada no dia 13 de junho. Hoje é realizada a trezena com missas e participação das comunidades da Paróquia de Santa Teresa e de São Roque do Canaã. Em princípio a imagem do Santo era conduzida na procissão por pessoas chamadas Antônio que deveriam trajar roupa especial: saia vermelha e bata branca. Com o passar do tempo o rito foi substituído por carros e na atualidade é utilizado na procissão andor carregado por homens.
Permanece viva na comunidade a tradição da bênção de Santo Antônio precedida do responsório que é cantado em latim.
Latim
Si quaeris miracula
mors, error, calamitas,
daemon, lepra fugiunt
aegri surgunt sani.
Cedunt mare, vincula;
membra, resque perditas,
petunt et accipiunt
juvenes et cani.
Pereunt pericula,
cessat et necessitas,
narrent hi qui sentiunt,
dicant Paduani.
Cedunt mare, vincula;
membra, resque perditas,
petunt et accipiunt
juvenes et cani.
Gloria Patri et Filio et Spiritui Sancto…
Cedunt mare, vincula;
membra, resque perditas,
petunt et accipiunt
juvenes et cani.
Tradução
Se milagres desejais, recorrei a Santo António
Vereis fugir o demônio e as tentações infernais.
Recupera-se o perdido. / Rompe-se a dura prisão,
e no auge do furacão / cede o mar embravecido.
Pela sua intercessão, foge a peste, o erro, a morte,
O fraco torna-se forte, e torna-se o enfermo são.
Recupera-se o perdido…
Todos os males humanos se moderam, se retiram,
Digam-no aqueles que o viram, e digam-no os paduanos.
Recupera-se o perdido…
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Recupera-se o perdido…
A bênção final durante a trezena de Santo Antônio é realizada com a relíquia do Santo. Também é tradição a bênção e distribuição dos pães de Santo Antônio. Conforme devoção os pães abençoados são guardados em potes com arroz ou farinha para que não falte a família o alimento necessário no dia-a-dia.
Relíquia de Santo Antônio
Distribuição dos pães de Santo Antônio
A comunidade também é devota de Santa Luzia. A capela de Santa Luzia localizada na comunidade recebe diversos devotos por ocasião de sua festa em 13 de dezembro através da realização da trezena de Santa Luzia.
Capela de Santa Luzia
DATA DA FUNDAÇÃO: A comunidade de São João de Petrópolis foi desbravada pelos imigrantes Italianos que aqui começaram a chegar no ano de 1880. Era conhecida por eles como Barracão, porque foi construído um barracão ao lado do Rio Santa Maria, para abrigo dos que aqui chegavam.
Conta que, com a vinda de D. Pedro II ao Estado e estando em uma cidade, a mais próxima, para inaugurar estrada de rodagem, lhe homenagearam acrescentando Petrópolis ao São João (Padroeiro); pelo faro de Petrópolis, significar Pedro.
NOMES DAS PRIMEIRAS FAMILIAS: Milanezi, Fadini, Peroni, Vivaldi, Frechaini, Galletti, Dondoni, Perini, Ravagni, Traspadini, Luchi, Pagani, Forza, Villaschi, Lani, Gusperti, Colona e outas.
DATA DA CONTRUÇÃO DA 1ª IGREJA: A primeira Igreja de São João Batista, segundo dados do livro da sociedade católica, foi fundada em 1882, era coberta de zingo e altar de madeira, sobre a qual foi colocada a Imagem de São João Batista, entalhada em madeira por Virgilio Lambert (que era morador de Santa Teresa). A imagem existe até hoje, sendo usada somente na época dos festejos a São João. Em 1895 a Capela foi benzida pelo vigário de Itapemirim, Padre Marcelino Moroni D’ Agnadello, com licença verbal dada pelo Exmo. E remo. Monsenhor Bispo de Nictheroy D. Francisco do Rego Maia. Consta no livro Tombo v.1, fls. 6 verso, a Capela de São João Batista como provisionada para batizar e para casar em 20 de Março de 1899.
Mais tarde essa Capela foi demolida e construí-se a Igreja atual, que tinha também altar de madeira e paredes revestidas de flores, pintadas por Manoel Bezzera; começou a ser construída em 24 de Novembro de 1917, com benção da pedra fundamental pelo Padre Frei Gaspar de Modica e sendo concluída em 27 de Janeiro de 1918, sendo benzida em 24 de Junho de 1918 pelo P. Frei Izaias de Ragusa com previa licença do Exmo. E Remo.Sr.Bispo Diocesano Dom Beneticdo Alves de Souza; o “fabriqueiro” da época era o senhor Carlos Bragoni e os construtores foram os senhores Manoel Antonio e J. Brito, que eram de nacionalidade Portuguesa. A primeira Missa desta atual Igreja foi Celebrada por Frei Marcelino D’ Agnadello.
Algum tempo depois foi batizada outra Imagem de São João Batista, agora de gesso que veio substituir a de madeira, que se encontra até os dia de hoje. Nos idos de 1950/1957 foi retirado do altar de madeira e construído o atual com base de pedras e de tijolos e cimento, cujo construtor foi o senhor Ludovico Andrich.
O primeiro sino da Igreja, foi comprado por João Pagani e chegou em 1903 e pensava 115kg, trazida do porto de Santa Leopoldina, por duas juntas de bois, todo de bronze fundido e ficava em um torre de madeira pendurado ao lado da Igreja. Depois foi trocando por outro que, tem gravado em auto relevo uma Imagem de São João Batista e a inscrição “Capela de São João de Petrópolis-1951”. Vale ressaltar que depois a Sociedade Católica devolveu ao Senhor João Pagani, o valor pago pelo sino.
*Não tendo registro de onde ou de quem veio à ideia ou vontade de ser aqui homenageado como Padroeiro o Percursor São João Batista.
A nossa igreja foi a primeira, depois da Paróquia, a receber a Honra de ter o Santíssimo, em 1987, cujo Celebração e feita todas as quintas-feiras; o Pároco da época era Frei Paulino Fabris; Foram formados Ministros da Eucaristia, que são: Ozório Lopes, Zilda Magdalena Tononi Sarmento, Alaor Ferreira da Silva Pinto, Maria Auxiliadora Vivaldi Tononi, depois vieram outros: Maria Odete Estevão de Oliveira, Fabiana Fardin, que hoje já não exercem, porém tem outros quatro.
BISPOS QUE VISITARAM NOSSA IGREJA/COMUNIDADE: D. Luis Escorteganha, D. João da Mota de Alburguergue, D. Silvestre Scandin, D. Geraldo Lirio Rocha, D. Décio Sosai
Zandonadi.
PADRES QUE AQUI PASSARAM COMO CELEBRANTES: (Desde 1895 até 2015, porém não estando em sequência): Pe. Caetano de Comisso, Pe. Eugenio, Pe. Benedito, Pe. Jacinto, Pe. Leandro, Frei Afonso, Frei Vital, Frei Francisco, Frei Clemente, Frei Querubim, Frei Serafim, Frei João Maria, Frei Daniel, Frei Cesar, Frei Antônio (hoje Bispo), Frei Agostinho, Frei Estevão, Frei Paulinho, Frei Jorge, Frei Honório, Frei Luiz Carlos, Frei Paulo, Frei Eduardo, Frei Anselmo, Frei Jose, Frei Miranda, Frei Jair, Frei Osvaldo, Frei Cleber, Frei Nei, e por último Frei Gerson (Pároco).
FABRIQUEIROS, COORDENADORES E ANIMADORES QUE ATUARAM NA NOSSA IGREJA: Paulo Colonno, Guilherme Luchini, José Bozetti, Noberto Avelino Pereira, Carlos Bregonci, José Luiz Vivaldi, Francisco Milanezi, José Luiz Vivaldi, João Lani, Batista Luchi, João Milanezi Sobrinho, Pedro Milanezi, Domingos Villaschi, Francisco Avelino Pereira, Angelo Villaschi, João Luchi, Armindo Dalcomo, Osmar Rodrigues de Oliveira, João Luchi, Maria Madalena Machado, Ozorio Lopes, Zilda Magdalena Tononi Sarmento, Natal Zanotti, Zilda Magdalena Tononi Sarmento, Vicente Paulo de Oliveira, Maria da Penha Natalli, Annie Claudia Guss Fernandes, Zilda Magdalena Tononi Sarmento, Clovis Barbosa, Maria José Vivaldi, Annie Claudia Guss Fernandes, Maria José Vivaldi e recentemente como animador Giácomo Luiz dos Santos Sperandio. Sendo que a lista começa no ano de 1882 até 2015.
No Livro do Tombo, v.1, Folha 10, frente, consta: Provisão a Cappella de São Sebastião com portaria em data de maio de mil novecentos e três, pelo Rvmo. e Exmo. Bispo Diocesano D. Fernando de Souza Monteiro foi provisionada a Capella de São Sebastião no lugar denominado Alto Santa Maria do Rio Doce, desta Parochia para celebrar o S. S. Sacrifício da Missa e Administrar os S. S. Sacramentos do Baptismo e Matrimonio.
O mesmo volume, folha 50, frente, menciona que, em 25 de novembro de 1917, o Padre frei Gaspar de Modica benzeu a primeira pedra da nova Capela de São Sebastião do Alto Santa Maria.
COMUNIDADES DO SETOR VI
Julio Posenato, em Arquitetura da imigração italiana no Espirito Santo, página 314, informa que essa Capela foi construída em 1927.
No libro dei conti in memoria dela capella dela madonna di Caravaggio alta Valsugana, no mesmo ano de 1912, no dia 4 de abril, foi registrado o primeiro movimento financeiro da Capela:
| Entrata | Uscita |
Matteo Taofer | 50.600 |
|
Giovanni Bosa | 30.000 |
|
Dionisio Avancini | 35.000 |
|
Giovanni Montibeller | 5.200 |
|
Antonio Valt | 6.000 |
|
Elemosina del Capitelo | 32.300 |
|
Colomba Bosa Novelli um anelo | 2.000 |
|
Contrato a Sabino Bortolini |
| 80.000 |
Il medesimo giornate |
| 67.500 |
Conduzione dei Legnami |
| 5.000 |
Zingo |
| 3.000 |
Prego |
| 3.600 |
… E assim por diante, com partes em italiano e partes em português, no livro constam registros até 1963.
Luiz Serafim Derenzi, em Os Italianos no estado do Espírito santo, p. 164, conta a história da aparição de N. S. do Caravaggio a Gianetta. Nosso resumo diz que Gianetta vivia em Caravaggio a 80 km de milão, e se casou, por imposição familiar, com Francesco Varoli, que muito a maltratava. No dia 26 de maio de 1432, temendo o marido, solicitou ajuda a Nossa Senhora, que para ela apareceu. O dia 26 de maio ficou sendo o dia da festa de Nossa Senhora do caravaggio e, em 31 de julho de 1432, foi lançada, no local da aparição, a primeira pedra da igreja lá construída, hoje “um majestoso Santuário”.
No Livro do Tombo, v.1, folha 55, frente, consta que em 25 de junho de 1920, a Capela foi provisionada “pelo tempo de cinco anos, para celebrar Missa e se administrarem os demais Sacramentos uma vez só no anno..
A Igreja da comunidade tem 112 anos, e no momento possui 42 dizimistas. Atualmente possui uma Coordenação, Tesoureiro, 02 Ministros da Comunhão, Equipe de Batismo, Equipe de Catequese (02 catequizandos) e Crisma (04 crismandos), Equipe de Dízimo, Equipes de Liturgia e Canto (para cada semana do mês), Coroinhas (03), Equipes de Limpeza e Arrumação, Coveiros.
No livro do Tombo, v.1 folha 35, verso, consta que, no “Anno 1911” foi feita a Provisão da Capela de São José.
“Com portaria em data de 3 de Abril de 1911, pelo Exmo. Sr. Bispo Diocesano Fernando de Sousa Monteiro, foi provisionada a Capella de São José, no lugar ‘Vale Tonini’ desta Parochia para nella poder só celebrar o santo sacrifício da Missa”.
Luiz Carlos Biasutti informa que existiu uma construção anterior. Dona Rosinha Melotti Loss tocava o sino nas festas dessa primeira Capela. Com a alta do café, e com a necessidade de aumentar a capacidade de abrigaer mais pessoas, foi construída a capela atual que recebeu reformas e pinturas durante os últimos tempos.
Localizada na zona rural de Santa Teresa/ES, a comunidade localiza-se a aproximadamente dezoito quilômetros da sede do município. Com relevo composto por serras, possui clima tropical de altitude. Possui dois rios principais: o Rio Nova Valsugana e o Córrego do Veado, ambos afluentes do Rio 5 de Novembro, pertencente à Bacia do Rio Doce. A maior parte de seu território localiza-se no distrito Sede, mas uma porção menor pertence ao distrito de Santo Antônio do Canaã.
Figura1: Limites Administrativos – Santa Teresa. Localização da Comunidade Nova Valsugana.
Fonte: Instituto Jones dos Santos Neves
A comunidade de Nova Valsugana foi fundada por italianos e apresenta ainda a grande maioria de seus moradores de descendentes desses imigrantes. Sua população ainda guarda muitos de seus costumes e tradições, tais como, a culinária, o dialeto (ainda falado em alguns momentos pelos moradores mais velhos) e a religião católica, a única praticada na comunidade.
A Fundação
Localizada no antigo Núcleo Timbuy, atual Santa Teresa, a fundação da comunidade Nova Valsugana foi também parte de um projeto da Província do Espírito Santo, que pretendia ocupar as terras devolutas da região serrana com imigrantes europeus.
Alguns de seus primeiros imigrantes, como por exemplo o imigrante Sebastiano Zamprogno e sua família, chegaram ao Espírito Santo ainda em 1874, na primeira expedição de imigrantes italianos para o Brasil. Esses imigrantes foram agenciados por Pietro Tabacchi, um italiano que já vivia na Província do Espírito Santo a alguns anos, e levados para trabalhar em suas terras, a Fazenda Nova Trento, localizada no antigo município de Santa Cruz.
Após viveram alguns dias em condições desumanas de moradia e trabalho, esses imigrantes se revoltam, abandonam a fazenda e se dirigem para Vitória. Na capital são encaminhados para a Colônia Santa Leopoldina e se estabelecem no Núcleo Timbuy.
Esses primeiros imigrantes italianos que se instalaram no Timbuy residiram primeiramente em Valsugana Velha, a poucos quilômetros de onde viria a ser a sede do novo núcleo (BIASUTTI, 2005, p.17). Sobre este grupo Grosselli (2008) afirmou que os colonos oriundos da Colônia iniciada por Tabacchi “foram para Santa Leopoldina, estabeleceram-se no Núcleo Timbuy ainda em formação, em uma localidade que chamaram Valsugana (que em seguida foi denominada Valsugana Vecchia, quando muitos deles se transferiram para outra zona do mesmo núcleo, denominada Valsugana Nova) (GROSSELLI, 2008, p.198).
Esta afirmação de Grosselli (2008) nos apresenta não só a localização inicial, mas também onde teriam se estabelecido alguns desses imigrantes após receberem seus lotes de terra. A partir da análise de documentos (Tabela 1) da citada comunidade de destino só confirmamos a presença de Sebastiano Zamprogno e sua família, e pelo menos no momento inicial da fundação de Nova Valsugana, não foram registrados outros imigrantes (SCALZER, 2014, p.90).
Tabela 1: Primeiros moradores de Nova Valsugana[1].
Primeiros moradores de Nova Valsugana 6 de abril de 1879- Santa Teresa-ES | |
Santo Bottassi | Paolo Zottelle |
Emilio Romagna | Paolo Montibeler |
Giuseppe Dallapicola | Sebastiano Zamprogno |
Domenico Gozzer | Pietro Costa |
Domenico Gasperazzo | Giordano Dalmaso |
Giovanni Angeli | AngeloValandro |
João Bendel | João Souza |
Paolo Paoli | Giorgio Martinelli |
AntonioRosi | Giovanni Paoli |
Antonio Zanetti | MateoDalpiva |
Vitorio Piva | AngeloArmelini |
Mansueto Dalcolmo | Giocondo Cetto |
Francesco Rover | Fedele Martinelli |
Fonte: Acervo da Comunidade de Nova Valsugana.
Como percebemos, ao se estabelecem temporariamente em uma localidade próximo à sede, que deram o nome de Valsugana, relembrando o nome de uma localidade italiana. Ao deixarem essas terras as chamam de Valsugana Velha e ao se estabelecerem na nova comunidade, já em 1879, a batizam de Nova Valsugana.
Alguns relatos orais e registros históricos da comunidade, os imigrantes teriam chegado em Santa Teresa, em 06 de abril de 1879 e em Nova Valsugana em 21 de junho de 1879, dia do padroeiro da comunidade São Luiz Gonzaga. Contudo os registros de entrada de imigrantes do Arquivo Público do Estado do Espírito Santo, apresentados no anexo A, nos mostram que os primeiros moradores de Nova Valsugana, chegaram ao Núcleo Timbuy/Santa Teresa em diferentes momentos. Além disso, um importante documento histórico produzido por Augusto Ruschi, o quadro dos primeiros moradores[2], o apresenta aponta para o dia 6 de abril de 1879. Assim nos parece mais provável que esta seja a data que o primeiro grupo de imigrantes se estabeleceu em Nova Valsugana. E o santo italiano, São Luiz Gonzaga, tenha sido escolhido como padroeiro devido à devoção católica dos imigrantes.
Além dos imigrantes já citados na Tabela 1, outras famílias de imigrantes italianos, originários das regiões de Trento e Vêneto, se estabeleceram nesta comunidade. São elas: Cetto, Botassi, Dalapicolla, Gozzer, Corona, Gasperazo, Romagna, Angeli, Paoli, Rossi, Zanetti, Dalcomo, Rover, Zottele, Montibeller, Zamprogno, Feller, Costa, Valandro, Souza, Martinelli, Dalpiva, Carmelini, Sperandio, Tamelini, Daltoé, Moschem, Gava, Zorthea, Margom, Broseghini, Schmitd, Loss, Ferrari, Corbellari, dentre outros.
A construção da igreja
Com a chegada dos primeiros moradores, um pequeno oratório foi construído, para colocar a imagem de São Luiz Gonzaga, que os imigrantes trouxeram da Itália.
Figura 2: Oratório e imagem de São Luiz Gonzaga- Nova Valsugana
Foto: Samira Zamprogno, 2015.
Após algum tempo construíram a primeira capela de estuque, coberta de tabuinhas, que foi utilizada durante 24 anos. E após alguns anos, os imigrantes dão início à construção da nova igreja, com estrutura de pedra.
Assim como observamos no caso da sede do Núcleo, na Igreja de Santa Teresa, na comunidade de Nova Valsugana no Baixo Timbuy, esta história também se repetiu. De início os imigrantes construíram uma igreja de estuque, depois ao redor desta foram construindo outra maior, de pedras. Aos domingos as famílias vinham para os cultos e carregavam as pedras para a construção da nova igreja (SCALZER, 2014, p.143).
A população da comunidade havia aumentado muito com o crescimento das famílias e a chegada de novos imigrantes, então, em 1901, a população se reúne para construir a nova igreja.
A estrutura da nova igreja de São Luiz Gonzaga, da comunidade de Nova Valsugana, é toda feita em pedra. Pedras grandes, medias e pequenas eram encaixadas e coladas com barro. Moradores da comunidade contam que aos sábados eram realizados mutirões para juntar pedras grandes. E aos domingos quando as famílias de fiéis iam até a igreja, para a reza do terço, carregavam as pedras menores.
Em meados de 1903, a nova igreja estava construída, e foi inaugurada pelo Frei Domenico Martinelli. O coordenador da comunidade na época era o senhor Giacomo Corona.
A pequena e antiga imagem do padroeiro São Luiz Gonzaga, voltou para o oratório de frente à igreja e uma nova imagem foi doada por Lucia Avancini Neta Vervloet[3], em 15 de maio de 1906.
Figura 3: Imagem de São Luiz Gonzaga recebida em doação em 1906.
Foto: Simone Zamprogno Scalzer, 2012.
No ano de 1914, foi construída a torre da igreja. Nela foram colocados dois sinos. O primeiro sino de bronze fundido, que pesa 160 quilos, foi doado por Maria ToniniRomagna. O sino chegou em Santa Leopoldina de barca e o mesmo foi levado para a comunidade por uma junta de bois. A viagem teria durado cerca de 10 dias e quando finalmente chegaram a comunidade com o sino, os bois morreram de cansaço. O segundo sino, um pouco menor, foi comprado pela comunidade alguns anos depois.
Figura 4: Igreja de São Luiz Gonzaga – Nova Valsugana
Foto: Samira Zamprogno, 2015.
Figura 5: Altar da Igreja de São Luiz Gonzaga – Nova Valsugana
Foto: Simone Zamprogno Scalzer, 2012.
Cemitério
Com primeira morte na comunidade em 1882, o senhor Jerônimo Zanandrea, doou um terreno próximo à igreja, para que fosse utilizado como cemitério. O primeiro coveiro foi o senhor Domenico Tamelini.
Em 1927, foram construídos o murro e o cruzeiro do cemitério. E em 1977, ouve a ampliação do cemitério.
A vida dos imigrantes
Ao chegarem na comunidade os imigrantes recebiam um lote de terra, que depois de alguns anos deveria ser pago. Os imigrantes que chegaram anos mais tarde, também tinham a opção de comprar lotes dos que ali viviam.
A todo momento novos imigrantes estavam chegando e se estabelecendo em seus novos lotes cobertos por mata, ou até mesmo comprando lotes dos primeiros imigrantes, já com casa construída e algumas lavouras (FELLER, 2014, informação verbal). Foi observada também a troca e venda de lotes de terra entre imigrantes. Em alguns casos, a troca ou a venda se deu pelo fato do primeiro proprietário não ter gostado da localização (SCALZER, 2014, p.115).
Alguns imigrantes estabelecidos na comunidade tinham outra oportunidade de conquistar seu lote de terra.
Entretanto, após completarem a 18 anos, os filhos de imigrantes também conquistavam o direito de receber um lote de terra nas mesmas condições que seu pais (BUSATTO, 1998, p. 309). Este é o caso de Decimo Zamprogno que ainda criança se estabeleceu no Núcleo Timbuy com seu pai Sebastiano Zamprogno, em 15 de junho de 1874, provenientes da Expedição Tabacchi (REGISTRO DE ENTRADA, PROJETO IMIGRANTES, 2014). Anos mais tarde, mesmo casado, ainda residia no lote de seu pai, na localidade de Nova Valsugana (planta 5). Decimo entrou então com um requerimento junto a Comissão de Terras para obter seu próprio lote. Após visita de um encarregado do governo, lhe foi concedido e demarcado o lote de terra (SCALZER, 2014, p. 126-7).
Figura 5 – Planta da Medição e Demarcação de um terreno no lugar denominado Nova Valsugana
Fonte: Processo de Terra nº 2167, APEES.
Esta planta nos permite visualizar também mais um aspecto percebido em muitos alguns casos analisados deste período. O lote de Decimo fazia divisa com lotes de dois de seus irmãos, Antonio e Giuseppe, mantendo assim as redes familiares e sociais do passado (SCALZER, 2014, p.127).
Os primeiros anos de vida não foram fáceis. Era necessário desmatar, construir a primeira casa e fazer as primeiras lavouras. As primeiras casas eram feitas de estuque, cobertas de folhas de palmeiras ou tabuinhas. Algumas casas eram de chão batido e outas com assoalho de madeira. Com o passar dos anos casas ainda de estuque mas com estruturas melhores foram construídas algumas até de dois andares, os chamados “sobrados”.
Figura 6 – Casa da família Feller, construída no início do século XX,
na comunidade de Nova Valsugana, Santa Teresa/ES.
Fonte: Acervo Simone Zamprogno Scalzer, 2012.
A base da alimentação era o que se produzia nas propriedades. “A minestra (sopa) e a polenta, típicas da culinária do local de origem, foram estabelecidas como as principais refeições. Estavam presentes também, o queijo e a linguiça, produzidos pelas próprias famílias” (SCALZER, 2014, p.141). O que não podia ser produzido, como por exemplo: sal, querosene e trigo, era comprado nos primeiros tempos em Santa Leopoldina, e alguns anos depois na vila Santa Teresa.
A religião
Segundo os moradores da comunidade, a religião católica sempre orientou a vida dos moradores de Nova Valsugana, e ainda hoje é a única religião presente na comunidade. No passado guardava-se muitos dias santo. Hoje apenas as grandes celebrações da igreja são guardadas. No passado as rezas do terço eram mais comuns, na atualidade, realizam-se os cultos dominicais, adoração ao santíssimo, círculos bíblicos e novenas de Nossa Senhora Aparecida e de Natal.
Um momento importante é a festa do padroeiro, que reúne os atuais e antigos moradores da comunidade e ainda moradores das comunidades vizinhas. No sábado à noite, ocorre o hasteamento do mastro de São Luiz. E no domingo e no dia do padroeiro ocorrem missas festivas com procissão com as imagens do padroeiro e de Nossa Senhora.
Figura 7: Hasteamento do Mastro de São Luiz Gonzaga na comunidade de Nova Valsugana.
Foto: Simone Zamprogno Scalzer, 2012.
Figura 8: Festa do padroeiro São Luiz Gonzaga na comunidade de Nova Valsugana.
Foto: Simone Zamprogno Scalzer, 2012.
Figura 9: Procissão da Festa do padroeiro São Luiz Gonzaga na comunidade de Nova Valsugana.
Foto: Simone Zamprogno Scalzer, 2012.
Outra tradição que a comunidade mantêm é a Folia de Reis, realizada entre a noite de Natal e o dia de Reis.
Figura 10: Folia de Reis na comunidade de Nova Valsugana.
Foto: Simone Zamprogno Scalzer, 2011.
Fato histórico
Em 1920 houve uma epidemia de varíola preta, muito contagiosa. Foi feito um cerco para que ninguém entrasse ou saísse da comunidade. Os alimentos eram trazidos até certos pontos e a alguém da família do doente iria buscar. Por ocasião dessa epidemia, foi realizado na comunidade uma promessa para São Roque. Com a chegada do médico Francisco Tine e o fim da epidemia, uma imagem de São roque foi colocada no Altar da igreja.
Referências
SCALZER, Simone Zamprogno. O Núcleo Timbuy/Santa Teresa-ES entre a memória e a história. UNIVALE: Governador Valadares, 2014.
Fontes Orais
DOSSI, Edimar Antônio. 46 anos. Entrevista concedida a Simone Zamprogno Scalzer. Santa Teresa. 08 abr. 2012.
FELLER, Alcebiades. 90 anos. Entrevista concedida a Simone Zamprogno Scalzer. Santa Teresa. 02 abr. 2014.
Fontes documentais
Registros históricos comunidade Nova Valsugana.
[1]Ver informações de imigrantes e famílias Anexo A.
[2] Reproduzido acima na Tabela 1.
[3]A comunidade guarda a foto desta senhora.
Por volta do ano de 1887, pelas informações que temos, deu-se início a comunidade de São Marcos. Já havia Moradores, e as pessoas se reuniam para conversar e rezar. Construíram um pequeno capitel, que recebeu a imagem de São marcos, doada pela família de Marcos Fontana. Também construíram um cemitério. As famílias que residiam no vale, e que participavam eram os Casér, Bellumat, Coquetto, Perini, Fontana, Dalcomo, Piereta e Cisté.
No ano de 1927, foi construída a igreja que existe até hoje. Era feita de pedra, e com a ajuda de todos os moradores. Faziam-se mutirões. O altar, todo de madeira, foi feito na oficina dos Tófoli.
Mais tarde chegaram outras famílias, como os Bosa. As famílias se mudaram numerosas. Rezava-se o terço na sextas feiras e no domingo, e as missas eram celebradas em latim.
Com o passar do tempo, muitas famílias se mudaram para outras cidades, diminuindo os habitantes do local.
Mas as pessoas que ficaram trabalham até hoje em prol da comunidade. São Marcos e festejado todos os anos, no dia 25 de abril.
A Comunidade do Córrego dos Espanhóis, criada com o 5° distrito do núcleo São João, no ano de 1876. Com a criação foram alocadas 12 famílias todas italianas, originárias do Veneto Norte da Itália, que podemos nomear como famílias, Chisté, Molini, Ceschini, Loss, Piva, Romagna, Coser, Vitti, Bortolini, Gazoli, Maestrini e Tonini, essas as primeiras famílias que habitaram o Córrego dos Espanhóis na sua criação.
DO NOME CÓRREGOS DOS ESPANHÓIS
O nome Córrego dos Espanhóis tem origem em uma família de Espanhóis, que já vivia naquele córrego antes da chegada dos italianos, família esta, que com a chegada dos italianos, conseguiu um progresso financeiro apreciável, e um feito nédio criando a primeira (1ª) fábrica de cervejas de Santa Teresa, Fábrica esta que não prosperou em virtude de que os italianos que formavam quase 100% da população eram consumidores de Vinho e não cerveja, por isso do fracasso da fábrica. Passado o primeiro período de instalação das famílias italianas, o governo provincial determinou que fosse medidos prazos, os prazos eram lotes de terra que media 25 hectares, e que se constitui em uma colônia italiana, para medir os prazos foram chamados o Engenheiro Franz Von Lippi e o agrimensor encarregado da medição e demarcação dos prazos Julião Floriano, medidos os prazos; governo determinou que cada prazo recebido tinha um prazo de dois (2) anos para ser pago, se a família que recebeu o prazo no prazo de dois anos não tivesse conseguido pagar, era devolvido para o governo para que fosse vendido a outro. Como no decorrer do período determinado pelo governo muitas das famílias não conseguiram cumprir a obrigação que era pagar o prazo, eles voltaram para o governo, que os vendeu novamente, para outras famílias na sua maioria Italianos e dentre as novas famílias que compraram os prazos que foram devolvidos pelos primeiros compradores estão as famílias, Biassiutti, Margon, Caser, Zonta, Zotelle e outras que não nos vem a memória neste momento, essas novas famílias a partir de então começaram a faze4r parte da Comunidade do Córrego do Espanhóis.
HISTÓRICO RELIGIOSO
A Comunidade do Córrego dos Espanhóis, teve como seu primeiro Padroeiro (São João), padroeiro este nomeado ainda na época do império, e escolhido pelo Engenheiro e o agrimensor, que mediram os prazos da comunidade, como eles terminaram de medir o último prazo do córrego no dia de São João, então colocaram como padroeiro São João, com chegada das novas famílias e com a Proclamação da República, e também com a melhor assistência religiosa vinda da Itália, as comunidades começaram a organizar grupos religiosos o que ajudava a confortar e desenvolver as comunidades da época; foi quando que duas das várias famílias italianas que chegaram depois da formação da comunidade, entre estas a família Caser e Zonta que eram vizinhas de propriedade e que tinha o mesmo problema de saúde, ou seja, pessoas portadoras de Epilepsia (que davam acesso) resolveram fazer uma promessa a São Valentim (Valentino), que é Santo protetor dos epiléticos, que se as pessoas das famílias acometidas deste mal ficassem curados as famílias Caser e Zonta, construiriam na divisa das propriedades uma Ermida (Oratório) para abrigar a imagem de São Valentim.
E como o pedido foi atendido pelo Santo, já que as pessoas portadoras do mau acesso foram curadas, operado o milagre, decidiram as famílias suplicantes escolher o lugar e construir a Ermida (Oratório), para abrigar o Santo Milagreiro São Valentino, e o fizeram, com quatro esteios de madeira, com paredes de Taipa coberto com 11 tabuinhas, terminada e Ermida (Oratório), foi colocada a imagem de São Valentim (Valentino), como em toda comunidade de origem Italiana, a religiosidade é coisa levada a sério a notícia do milagre de São Valentim correu de boca em boca até chegar aos ouvidos dos padres Marcelino Morrone e do chefe da igreja católica, o Capelão Domenico Martinelli, que era responsável pela ordem religiosa daquela região, quando então os dois chefes da igreja resolveram visitar e confirmar o que o povo falava com relação das curas dos membros das famílias Caser e Zonta, resolveram por bem e na vontade do povo daquela comunidade, que a partir daquela data o Padroeiro da Comunidade dos Espanhóis seria São Valentino (Valentim).
A Comunidade de São Valentim, situada na localidade de Córrego do Espanhol, nos dias atuais consiste em 12 (doze) famílias.
Também recebemos muitos devotos, muitas pessoas vem visitar e participar e no dia da festa do padroeiro há uma grande quantidade de fiéis que vem de comunidades distantes.